sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Marte mais brilhante na véspera de Natal


Hubble flagrou o momento de maior aproximação entre Terra e Marte, em 18 de dezembro(Foto: Nasa)


Quem gosta de astronomia vai ganhar um presentão de Natal no próximo 24 de dezembro. Marte, que atingiu seu ponto mais próximo da Terra no último dia 18, não só vai estar pertinho, como vai ser facilmente observável graças à posição em que estará e à Lua cheia, que surge na véspera de Natal. Em oposição ao Sol, Marte deve mostrar um brilho alaranjado bem embaixo do disco lunar. A aproximação entre a Terra e seu vizinho vermelho é um evento regular, que ocorre uma vez a cada 26 meses, mais ou menos. Não espere, no entanto, vez Marte do tamanho da Lua, como um boato que circulou na internet em agosto passado afirmava que aconteceria. Isso é impossível. Embora maior e mais brilhante, o planeta corresponderá a apenas 1/127 do disco da Lua. Quem observar a olho nu verá Marte mais parecido com uma estrela brilhante que não pisca.

Nesta semana, os astrônomos divulgaram também que Marte pode estar no caminho de um asteróide, que pode atingir o planeta no dia 30 de janeiro. As chances do impacto ocorrer são de uma em 75 –- muito mais provável do que os números que os astrônomos costumam ver. O pedaço de rocha espacial foi descoberto no mês passado e batizado de 2007 WD5. Em 1908, um asteróide de um tamanho parecido caiu na Sibéria e matou 60 milhões de árvores ao liberar uma energia equivalente a de uma bomba nuclear. Mais observações serão feitas, e os cientistas acreditam que o risco de impacto deve diminuir nas próximas semanas. Mesmo que o asteróide atinja o planeta, os astrônomos acreditam que os robôs da Nasa que estão por ali não correm perigo, pois estariam fora da área de impacto.

O Globo on line

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

ONU proclama 2009 como Ano Internacional da Astronomia


A 62ª Assembléia da Organização das Nações Unidas decidiu, nesta sexta-feira (20), por unanimidade proclamar 2009 como o Ano Internacional da Astronomia. A proposta foi feita pela Itália, em lembrança aos 400 anos do primeiro uso astronômico de um telescópio, realizado pelo famoso cientista renascentista Galileu Galilei (1564-1642). Mas o maior beneficiado da iniciativa pode ser o Brasil.

Em 2009, o maior evento astronômico do ano será a reunião da União Astronômica Internacional (IAU, na sigla inglesa) e, desta vez, a organização ficará a cargo da cidade do Rio de Janeiro. Será a primeira vez que o tradicional evento, realizado a cada três anos, ocorre em terras brasileiras.

No último encontro, conduzido na cidade de Praga em 2006, os astrônomos votaram pela exclusão de Plutão do rol de planetas do Sistema Solar -- e, embora não seja essa a intenção da maioria dos cientistas, o assunto poderá voltar à tona em 2009.

De toda maneira, não só da reunião do IAU no Rio viverá o Ano Internacional da Astronomia. A presidente da IAU, Catherine Cesarsky, diz: “O Ano Internacional da Astronomia 2009 dá a todas as nações a chance de participar nesta excitante revolução científica e tecnológica em curso.” O IYA2009 (sigla inglesa para o ano internacional) é uma colaboração global para fins pacíficos, que compreenderá atividades, voltadas para a ciência e para o público, ligadas à procura de nossas origens cósmicas.

O Brasil já está se preparando para uma grande festa. “A rede Brasileira do IYA 2009 oferecerá uma ampla lista de atividades já a partir de 2008, que pode ser vista em http://www.astronomia2009.org.br/. Entre nossos objetivos, ofereceremos a pelo menos 1 milhão de pessoas a oportunidade de ver o céu através de telescópios. Outro objetivo é o de difundir na sociedade uma mentalidade científica. Isto é essencial para os cidadão agirem num mundo permeado pela tecnologia e carente de planejamento global de recursos”, diz, em nota, Augusto Damineli, astrônomo do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP e o chamado ponto de contato brasileiro na organização do ano internacional.


O Globo on line

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Buraco negro de 'galáxia da morte' atira contra vizinhos


Imagem feita a partir de observações feitas tanto em telescópios terrestres quanto em órbita.(Foto: AP)

Astrônomos da Nasa flagraram um buraco negro supermaciço atirando jatos altamente energéticos contra uma galáxia vizinha. A violência do evento galático foi tão absurda que os pesquisadores apelidaram a galáxia que abriga o buraco negro de "Estrela da Morte", como no filme "Guerra nas Estrelas."

A imagem mostra o sistema 3C321, que contém duas galáxias em órbita uma da outra, ambas com buracos negros supermaciços no centro. No entanto, o buraco da galáxia maior está lançando jatos de energia carregada de radiação contra a menor. O resultado pode ser fatal para os planetas no caminho.

O Globo on line

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Céu de Dezembro - Principais Constelações Visíveis

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Lucimary Vargas

Júpiter e seus Satélites principais - Dezembro de 2007

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por Lucimary Vargas

EFEMÉRIDES - DEZEMBRO de 2007

FENÔMENOS 2007

HORA LEGAL DO FUSO DE -3HORAS [sem horário de verão]

Dezembro

1 9 Saturno 0.6°N da Lua
1 10 QUARTO MINGUANTE
5 5 Spica 2.1°N da Lua
5 17 Vênus 6.6°N da Lua
6 9 Lua no apogeo
9 0 Antares 0.4°N da Lua
9 5 Mercúrio 4.4°N da Lua
9 15 LUA NOVA
10 13 Júpiter 4.4°N da Lua
14 16 Netuno 0.6°N da Lua
16 14 Urano 2.1°S da Lua
17 7 QUARTO CRESCENTE
17 13 Mercúrio em conjunção superior
19 11 Saturno estacionário
22 3 Solstício de Verão
22 5 Lua no perigeo
22 13 Aldebaran 10.5°S da Lua
23 3 Júpiter em conjunção com o Sol
23 22 LUA CHEIA
24 0 Marte 0.9°S da Lua
24 17 Marte em oposição
25 11 Pollux 3.8°N da Lua
28 2 Regulus 0.6°N da Lua
28 18 Saturno 0.8°N da Lua
31 5 QUARTO MINGUANTE

Fonte: ON


por Lucimary Vargas

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Nasa anuncia missão científica na Lua


A Nasa enviará à Lua em 2011 a missão Gravity Recovery and Interior Laboratory (Grail), para medir o campo de gravidade lunar e responder a algumas dúvidas sobre a formação do sistema solar, disse o Laboratório de Propulsão a Jato (JPL). A missão vai exigir um investimento de US$ 375 milhões. Serão duas sondas em órbitas paralelas, disse o laboratório da Nasa em comunicado. A Grail, parte do programa Discovery da Nasa, "permitirá levar novas técnicas de estudo à Lua, que poderão ser usadas posteriormente em Marte e em outros planetas", disse Alan Stern, administrador adjunto da agência espacial americana.


As duas sondas captarão imagens em raios-X da crosta e do núcleo da lua, revelando com isso suas estruturas sob a superfície e, de maneira indireta, sua história térmica, segundo o JPL.
A agência espacial norte-americana pretende levar novamente um homem à Lua no fim da próxima década. No próximo ano, enviará a sonda Lunar Reconnaissance Orbiter, que ficará em órbita durante pelo menos um ano com o objetivo de identificar possíveis pontos de pouso para naves tripuladas.

O Globo on line

Brasil e Argentina lançam primeira missão espacial conjunta nesta quarta


Brasil e Argentina fazem nesta quarta-feira (12) sua primeira missão espacial conjunta, a Angicos, no Centro de Lançamento da Barreira do Inferno, no Rio Grande do Norte. O foguete, de fabricação brasileira, levará os experimentos argentinos, acompanhados de uma experiência da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, ao espaço.

A primeira tentativa de lançamento ocorre às 6h da manhã, se a meteorologia permitir.

O foguete VS-30 foi construído através de uma parceria da Força Aérea Brasileira (FAB) e da Agência Espacial Brasileira (AEB). Pesando cerca de 1500 kg e com oito metros de comprimento, ele levará os experimentos para o espaço, num vôo suborbital, e depois deve soltá-los no mar. Além de cuidar do lançamento, os brasileiros também vão responder pela recuperação da carga útil no mar, com navios e pessoal da Marinha. Ao todo, mais de 100 argentinos e brasileiros estão envolvidos nos trabalhos. Na carga útil vão dois experimentos muito parecidos, um argentino e outro da UFRN: sistemas de navegação de veículos espaciais baseados em GPS. Além disso, os argentinos levam ao espaço outros experimentos de suas universidades. Originalmente militar, o programa espacial argentino foi passado para o controle civil no governo do presidente Carlos Menem, em 1991, por pressão dos Estados Unidos. Desde então, os argentinos tiveram que começar sua pesquisa na área praticamente do zero. Apesar de terem tecnologia para desenvolver satélites, os argentinos precisam da ajuda de outros países para fazer lançamentos. O projeto da missão Angicos é fruto de uma intensa cooperação interna na Argentina, que reuniu esforços de universidades e agências do governo. Para o coordenador brasileiro do projeto, o coronel Luiz Fernando de Azevedo, da FAB, os argentinos são os maiores beneficiados nessa primeira missão conjunta, mas o Brasil tem muito a lucrar com essa parceria. “Não apenas vamos embarcar um experimento brasileiro e fazer testes nossos, como vamos lançar mais um foguete. Isso é essencial para manter nossa tecnologia e as equipes treinadas”, explicou ele ao G1. Para o encarregado do governo argentino, Roberto Yasielski, Brasil e Argentina têm muito proveito a tirar do trabalho conjunto. “É muito bom para os dois, porque estamos unindo esforços e recursos de dois países emergentes.”, disse ele. Yasielski afirmou estar sendo “mais do que muito bem tratado no Brasil". “Estamos trabalhando como amigos. Os ventos prometem muitos benefícios para o futuro”, disse ele.


O Globo on line

Marte já foi capaz de formar compostos orgânicos, revela estudo


Marte pode ter sido capaz de formar os mesmos compostos orgânicos de carbono e hidrogênio que são as bases da vida na Terra, de acordo com uma análise do material encontrado no meteorito marciano Alan Hills 84001. É a primeira vez que se indica que Marte pode ter sido capaz de formar compostos orgânicos. Anteriormente, os pesquisadores acreditavam que a matéria orgânica encontrada no ALH 84001 ou tinha sido levada a Marte pelo impacto de outros meteoritos ou então tinha sido formada a partir de micróbios marcianos.

Liderados por Andrew Steele, os pesquisadores do laboratório de geofísica do Instituto Carnegie, nos Estados Unidos, fizeram um estudo detalhado do meteorito e compararam os resultados com os obtidos a partir de rochas encontradas na região de Svalbard, na Noruega. Essas amostras foram retiradas de vulcões que entraram em erupção no Ártico há cerca de um milhão de anos, condições possivelmente semelhantes às de Marte em seus primeiros momentos. Segundo a explicação de Steele, os compostos orgânicos ocorrem dentro de pequenas esferas de material carbonato, tanto nas rochas marcianas quando nas da Terra. Quando as rochas de feitas a partir de material vulcânico de Svalbard esfriaram, o mineral magnetita agiu como catalisador dos compostos orgânicos a partir de fluidos ricos em dióxido de carbono e de água. Tudo isso aconteceu em condições onde a vida seria improvável. As amostras do meteorito marciano são ligadas à magnetita, o que indica que esse material orgânico não teria surgido a partir de formas de vida, mas diretamente de reações químicas dentro da rocha.


O Globo on line

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Satélite japonês revela mistérios do Sol


Imagem mostra detalhe da superfície solar (Foto: Divulgação)


O satélite japonês Hinode desvendou muitos mistérios do Sol, entre eles os que envolvem seu campo magnético e as tempestades de vento solar que provocam interferências nas comunicações da Terra, segundo revelaram dez relatórios divulgados nesta quinta-feira (6) pela revista "Science".

Os dados científicos proporcionados pela Hinode ("Aurora", em japonês) ajudarão a explicar as enormes diferenças de temperatura que existem entre a superfície relativamente fria do Sol e sua candente atmosfera. Também servirão para elucidar a origem dos ventos solares que se deslocam pelo vazio cósmico e alteram a atmosfera de nosso planeta, informaram os cientistas que participaram dos estudos. Essas alterações são responsáveis pelos fenômenos que os cientistas classificam como o "clima espacial" que permanentemente ameaça as telecomunicações, os sistemas de navegação e as redes de provisão elétrica da Terra. Um dos resultados considerados de grande importância da missão do satélite japonês que conta com telescópios da Nasa foi o descobrimento de um tipo de onda magnética que se desloca pelo plasma solar.

A existência dessas ondas tinha sido prevista pelo físico sueco Hannes Alfven, ganhador do Prêmio Nobel de Física em 1970. "Até agora tinha sido impossível observar as ondas devido à resolução limitada dos instrumentos disponíveis", declarou Alexei Pevtsov, cientista do programa. O Hinode foi colocado em órbita terrestre em setembro de 2006 e ocupa uma posição que o mantém de forma permanente frente ao Sol. Para suas observações utiliza espectrômetros que investigam a estrela por meio de imagens ópticas. Esses dispositivos permitem que os cientistas captem imagens de alta resolução que mostram as estruturas e os campos magnéticos no interior do plasma solar. A missão do satélite Hinode é dirigida pela Agência de Prospecção Aeroespacial do Japão, que conta com colaboração da Agência Espacial Européia (ESA), da Nasa (agência espacial americana) e do Conselho de Ciência e Tecnologia do Reino Unido.

O Globo on line

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Nasa dá luz verde para lançamento do ônibus espacial Atlantis


Atlantis aguarda lançamento na plataforma, sob os céus limpos da Flórida (Foto: Reuters)


Está tudo pronto para o lançamento do ônibus espacial Atlantis na próxima quinta-feira (6), rumo à Estação Espacial Internacional. A "luz verde" foi dada pela Nasa e a nave aguarda sua tripulação na plataforma de lançamento no Centro Espacial Kennedy, na Flórida.


Os sete astronautas do Atlantis vão entregar o laboratório espacial Columbus ao complexo orbital. Durante os 11 dias de missão programados, a tripulação deve fazer pelo menos três caminhadas espaciais, para instalar o novo módulo. Uma quarta pode ser acrescentada para inspecionar um mecanismo com defeito em um de três painéis solares que servem a ISS, o que estenderia a missão em um dia.

Segundo oficiais da agência americana, os preparativos para o lançamento vão "muito bem" e não há qualquer problema técnico que possa impedir o vôo. A meteorologia também ajuda, e os céus devem estar limpos nesta quinta na Flórida.

O Globo on line

domingo, 2 de dezembro de 2007

Lua - Nossos Cálculos


Solstício de verão 22/12/2007 - 6h8m

Lua

nodo ascendente 15/12 - 13h16m
nodo descendente 29/12 - 4h49m

apogeu 6/12 - 16h55m
perigeu - 22/12 - 10h12m

Quato Crescente 1º/12 - 12h45m
Lua Nova 9/12 - 17h41m
Quarto Crescente 17/12 - 10h18m
Lua Cheia - 24/12 - 1h16

Horários em TU (UT)

Marco Aurélio Álvares da Silva

Diretor de Astronomia de Posição

Observatório Monoceros
Pirassununga - SP

quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Via Láctea está repleta de gases a milhões de graus de temperatura


A nebulosa de Órion é uma das mais estudadas pelos astrônomos (Foto: Divulgação)


Observações feitas na nebulosa de Órion revelam origens desses gases mais quentes. Astrônomos acreditam que fenômeno é comum na nossa galáxia.
Nossa galáxia pode estar "afogada" em gases a altíssimas temperaturas, passando dos milhões de graus, segundo um estudo de um grupo de astrônomos publicado nesta semana na revista “Science”. Os dados vêm de observações da famosa nebulosa de Órion.

A nebulosa é uma nuvem de gás denso e turbulento, visível abaixo do “cinto” da constelação de Órion, onde milhões de estrelas estão nascendo. A maior parte de seu brilho vem de quatro estrelas, que formam o chamado “Trapezium”. Uma delas, acreditam os pesquisadores suíços, é a fonte dos gases extremamente quentes que são encontrados em Órion. Isso indica que o fenômeno pode ser bastante comum na nossa galáxia, já que a maioria das estrelas da Via Láctea são encontradas em ambientes parecidos.

Fonte: O Globo on line

Novos estudos provam: Vênus é 'gêmeo mau' da Terra


Concepção artística de como seriam os relâmpagos em Vênus (Foto: ESA)


Vênus é gêmeo da Terra que perdeu seus oceanos, dizem cientistas

Cientistas divulgam resultados do primeiro ano de trabalho da sonda Venus Express. Descobertas incluem a detecção de relâmpagos na atmosfera venusiana.


Após um ano de estudos com uma sonda em órbita de Vênus, a conclusão dos cientistas é no mínimo arrepiante: nosso vizinho planetário é ainda mais parecido com a Terra do que antes se pensava. Com a diferença de que lá a pressão atmosférica é 90 vezes maior que aqui, as nuvens são de ácido sulfúrico e as temperaturas, provocadas por um efeito estufa brutal, passam dos 450ºC. Quase igual.


Mas nem sempre foi assim. "É um gêmeo da Terra, separado no nascimento", diz Fredric Taylor,da Universidade de Oxford, um dos pesquisadores responsáveis pela avalanche de resultados obtidos pela sonda européia Venus Express, publicados na última edição da revista científica britânica "Nature". Uma das constatações mais surpreendentes foi a de que a atmosfera venusiana produz relâmpagos parecidos com os terrestres. Até hoje, os cientistas acreditavam que isso dificilmente pudesse acontecer.


É verdade que a freqüência de raios detectada pela Venus Express é metade da que se observa na Terra, mas ainda assim é bastante -- e muito mais do que os especialistas esperavam detectar. Os cientistas também avançaram muito para descobrir o mistério do sumiço dos oceanos de Vênus. Sim, como todo irmão gêmeo da Terra que se preze, Vênus tinha grandes oceanos de água em sua superfície no princípio de sua existência. Mas a proximidade com o Sol fez com que toda a água evaporasse, aumentando o efeito estufa naquele mundo, durante o primeiro bilhão de anos de vida do planeta (hoje o Sistema Solar, com tudo que há dentro dele, tem mais ou menos 4,7 bilhões de anos).


Após a evaporação, a ausência de um campo magnético em Vênus (lá as bússolas não funcionariam) fez com que aumentasse muito a interação da atmosfera com a radiação proveniente do Sol. Isso, por sua vez, levou as moléculas de vapor d'água a se dissolverem em hidrogênio e oxigênio, seus componentes básicos. Daí em diante, o hidrogênio, mais leve, fugiu para o espaço. Já o oxigênio reagiu com a superfície para produzir todo o monte de gás carbônico que hoje responde pelo efeito estufa monumental na atmosfera venusiana. Também houve evolução no entendimento dos processos que ocorrem nas nuvens de ácido sulfúrico venusianas. Além dos relâmpagos, a dinâmica atmosférica do planeta tem muitas outras semelhanças com a Terra -- o que ajudará os cientistas a aperfeiçoar seus modelos meteorológicos não só para Vênus mas também para nosso próprio planeta. Ainda há, no entanto, muitas questões em aberto sobre esse estranho mundo -- entre elas, precisar exatamente quanto tempo levou para que Vênus deixasse de ser um planeta simpático e "molhado", possível abrigo para o surgimento da vida, e se tornasse o inferno seco e estéril que é hoje.

Por essa razão, a ESA (Agência Espacial Européia) estendeu a vida útil da Venus Express para que ela siga trabalhando pelo menos até 2010, quando uma sonda japonesa, chamada Venus Climate Orbiter, se juntará a ela em órbita do planeta vizinho. Os pesquisadores avaliam que será importante comparar os dados das duas espaçonaves para colocar a pesquisa venusiana sobre territórios ainda mais sólidos.

Fonte: O Globo on line

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Jovem estrela tem 'filhos' antes da hora


Impressão artística mostra como seria a jovem mamãe (Foto: Nasa)

Se fosse em um ser humano seria um triste caso de gravidez na adolescência. Como é em uma estrela, é um feliz caso de prodígio estelar. Astrônomos americanos encontraram uma muito jovem estrela a 450 anos-luz da Terra que, apesar da pouca idade, já está cercada de planetas.

A pequena notável, chamada de UX Tau, é parecida com nosso Sol e tem "apenas" um milhão de anos. Os cientistas que a descobriram, com a ajuda do Telescópio Espacial Spitzer, acreditam que ela pode ser muito importante para entender como os planetas do nosso Sistema Solar se formaram.

Normalmente, sistemas estelares com essa idade apresentam um disco de poeira, sem qualquer abertura, em torno da estrela. É nesse disco que os planetas nascem. Mas no caso da UX Tau já há pequenos pedaços livres de poeira, onde os pesquisadores acreditam que estão seus primeiros planetas.

Fonte: O Globo on line

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

China apresenta foto da superfície da Lua


Esta é a primeira foto que o satélite Chang'E I tirou da Lua, desde que a China o lançara, em 24 de outubro. Nela aparece uma superfície porosa e áspera com grandes e pequenas crateras. São 460 quilômetros de comprimento e 280 quilômetros de largura de uma região montanhosa. A principal composição é plagioclase, um elemento comum em rochas.

A apresentação da imagem aconteceu na segunda-feira (26), pelo primeiro-ministro Wen Jiabao, no Centro de Controle Aeroespacial de Pequim (BACC, na sigla em inglês). Jiabao disse que a China passa a fazer parte do seleto grupo de países com capacidade para participar de programas de prospecção espacial. (Foto: BACC/Reuters)
Fonte: O Globo on line

terça-feira, 20 de novembro de 2007

Sonda flagra luas de Saturno em novos ângulos

Cassini fez imagens inéditas de Tétis, Pandora, Mimas e Encélado. Satélites estão dispostos ao longo dos anéis do planeta.


Acima dos anéis está a lua Tétis. Abaixo, Mimas. Bem ao lado dos anéis, muito difícil de ver, está Pandora. (Foto: NASA/JPL/Space Science Institute )



A lua gelada Encélado, acima dos anéis de Saturno. (Foto: NASA/JPL/Space Science Institute )
Fonte: O Globo on line

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Na Califórnia, pesquisadores procuram sinais de vida extraterrestre


"Não descobriremos nada se ficarmos olhando só para nós mesmos", diz astrônoma


Numa região de montanhas geladas ao norte da Califórnia, numa área onde são raros os sinais de civilização, enormes antenas fazem um balé sincronizado. Ora viram para o poente, ora para o nascente. Para onde quer que apontem olham na direção do infinito e tentam responder a uma das questões mais antigas da humanidade: estaremos, afinal, sozinhos neste universo?

Veja o site do 'Fantástico'As parabólicas do observatório radioastronômico Red Creek foram ligadas pela primeira vez em outubro deste ano. Foram construídas com o dinheiro de um bilionário americano que decidiu financiar o projeto de pesquisadores da Universidade de Berkeley, na Califórnia - uma das mais importantes dos Estados Unidos no estudo da astronomia. E se as antenas olham sempre na mesma direção é porque trabalham juntas e formam um gigantesco telescópio a procura de vida a milhões de quilômetros da Terra.
Até mesmo entre os grandes cientistas, discutir a existência de extraterrestres é tão complicado quanto discutir política ou religião.

Existem mais de 200 bilhões de estrelas e planetas na galáxia que nós habitamos. Para muitos a vida seria um privilégio exclusivo do planeta Terra. Mas o que os cientistas da Califórnia tentam provar é que os ETs não só existem, como podem estar em várias partes do universo.

Primos distantes
Só aqui bem perto de nós - sob ponto de vista científico - a alguns milhares de ano-luz, existem 400 bilhões de estrelas - muitas delas do tamanho ou até maiores e mais antigas do que o nosso Sol. É na direção desses primos distantes do Sol que os telescópios apontam. Quem comanda o observatório é a astrônoma e engenheira Jill Tarter. "Pode haver muitas outras civilizações com tecnologia ou podem ser apenas micróbios. Não descobriremos nada se ficarmos olhando só para nós mesmos", diz a astrônoma. Jill vive em meio às antenas olhando para o céu. "Procuramos sinais de vida em outros planetas e que não possam ter sido produzidos pela natureza", define ela. A astrônoma explica que será possível detectar os ETs, por exemplo, se eles usarem algo como os nossos raios lasers, já que as estrelas não emitem luzes parecidas.

Futebol
A maior dificuldade dos pesquisadores é separar os sinais enviados por aeroportos, emissoras de TV e telefones celulares do que seriam sinais alienígenas. E se os extraterrestres também estiverem tentando fazer contato? "Se eles não estiverem procurando por nós, só conseguiríamos encontrá-los se eles estivessem, por exemplo, transmitindo uma partida de futebol de um planeta para outro. Teria que ser uma transmissão muito forte", esclarece Jill. A tecnologia do observatório da Califórnia que pode levar ao descobrimento de vida extraterrestre começa com antenas que lembram mandíbulas de tubarão. Os sinais chegam em milhões de freqüência diferentes. São amplificados e por meio de cabos de fibra ótica, atravessam o subsolo do observatório.

Na sala de comando, os dados das antenas são condensados. O mapeamento é distribuído para supercomputadores que fazem uma análise hipercomplexa. Qualquer sinal de vida inteligente fora da Terra fará soar um alarme dentro do laboratório. Mas quando a máquina terminar seu trabalho a inteligência humana é que vai ter que dar a palavra final. "Depois de fazer todas as verificações, quando for possível for dizer que o sinal vem de outro planeta, vamos contar ao mundo. Porque esse sinal não pertence a nós. Ele foi enviado aos habitantes do planeta Terra", garante Jill.

Fonte O Globo on line

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Passeio Ciclístico pelo Universo


Paulistanos fazem aula de bicicleta (spinning) no Planetário do Parque Ibirapuera (Zona Sul). A entrada é gratuita e os ingressos devem ser retirados na bilheteria com uma hora de antecedência. O Passeio Ciclístico pelo Universo ocorre desta sexta-feira (16) até domingo (18), com sessões às 15h, 17h, 19h, e 21h. (Foto: Marcelo Gutierres/G1)

Passeio Ciclístico pelo Universo vai de sexta (16) a domingo (18), às 15h, 17h, 19h, e 21h.A entrada é gratuita; ingressos devem ser retirados com antecedência.

Pedalar no espaço é possível? Para os visitantes do Planetário do Ibirapuera, sim. Eles participam do primeiro Passeio Ciclístico pelo Universo, atividade física com bicicletas fixas, acompanhada de música - o chamado spinning. O “passeio” ocorre dentro da sala de projeção do planetário, na Zona Sul de São Paulo. Nela, os visitantes assistem a imagens do universo em 300 cadeiras. Desta vez, porém, estavam acomodados em 80 bicicletas fixas. O evento é promovido pela Prefeitura de São Paulo, em parceria com uma academia de ginástica, que adaptou no local 80 aparelhos. Três professores de educação física orientam os participantes. O secretário municipal de Esportes, Lazer e Recreação, Walter Feldman, participou do passeio. “Nosso objetivo é popularizar os parques da cidade. Achamos que eles estão subutilizados”, disse Feldman.

Música indiana
São quatro sessões, com 50 minutos de duração. A primeira, com início previsto para as 15h, começou por volta das 16h10, por conta de uma solenidade em que Feldman falou sobre as realizações da secretaria e detalhou a atividade no planetário. As demais ocorrem às 17h, 19h e 21h até domingo (18). O evento é gratuito, e os ingressos devem ser retirados na bilheteria do planetário com uma hora de antecedência. A primeira aula teve música eletrônica acompanha de uma outra: a sitar, de origem indiana. O professor e cantor Francisco Krucis, de 52 anos, executou um mantra, inicialmente, e depois as canções. “É possível conciliar os dois ritmos. O pessoal vai relaxar com a mistura”, explicou o cantor. Segundo a organização do evento, Krucis participará todos os dias apenas às 21h.

O estudante Ed Carmonero, de 32 anos, morador da Zona Sul, criticou a divulgação do evento. “Eu acho que foi muito mal divulgado. Ninguém ficou sabendo. A gente só veio aqui porque somos alunos da academia e o professor convidou”, afirmou. O analista de merchandising Diogo Oliveira, de 25 anos, estava acompanhado da namorada, Taina Ianome, de 24 ano. Eles vieram da Zona Norte apenas para o evento. “Ela colocou uma pilha [pressionou] pra a gente vir pra cá”, desabafou. Ao final da sessão Diogo considerou que valeu a pena. “Eu vim de calça jeans. Se soubesse que era tão animando, teria vindo com uma roupa mais adequada. Quero voltar”, disse.

Fonte: O Globo on line

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

'Hipernova' vista em 2006 foi causada por explosões múltiplas

Ilustração mostra como teria sido a explosão que formou a supernova SN 2006gy (Foto: Divulgação)

Receita para fazer a supernova mais brilhante de todos os tempos: pegue uma estrela com uma massa gigantesca, exploda, faça-a entrar em colapso e repita tudo de novo. Brincadeiras à parte, foi isso que um grupo de astrônomos apresentou nesta quarta-feira (14) para explicar a visão no ano passado da supernova SN 2006gy, a mais brilhante já vista -– tão brilhante que alguns cientistas a chamam não de super, mas de hipernova.


Uma “supernova” é o que chamamos quando uma estrela morre, em uma intensa explosão. Normalmente, ela já é um fenômeno bastante incrível por si só. Mas a SN 2006gy, a 240 milhões de anos-luz da Terra, na galáxia NGC 1260, surpreendeu pela intensidade. Ao brilhar nada menos que 50 bilhões de vezes mais que nosso Sol, ela se mostrou cerca de 100 vezes mais forte que uma supernova comum.

A explosão foi tão monstruosa que desafiou tudo que nós sabemos sobre a formação desse tipo de astro. Mas agora Stan Woosley, da Universidade da Califórnia em Santa Cruz, explica que a questão pode ser mais simples do que se pensava. Na verdade, a SN 2006gy não é fruto de uma explosão, mas de várias.

No trabalho publicado na revista “Nature” desta semana, Woosley e seus colegas calcularam o que aconteceria se uma estrela com uma massa muito grande explodisse repetidas vezes. Compararam com o que ocorreu com a SN 2006gy e, bingo, os dados bateram.

“Normalmente pensamos em uma supernova como a morte de uma estrela, mas neste caso a mesma estrela explodiu uma meia dúzia de vezes”, disse Woosley.

De acordo com o grupo, a estrela que originou a “hipernova” provavelmente era gigantesca, com uma massa mais de 100 vezes maior que a do nosso Sol. A primeira explosão afasta a camada de fora da estrela e produz um brilho moderado de supernova. A segunda, gera mais energia e uma segunda camada, que colide com a primeira e produz o brilho intenso, característico da SN 2006gy.

Outra possibilidade
Na mesma edição da “Nature”, no entanto, outra dupla de pesquisadores propõe uma outra explicação para a SN 2006gy. Para Simon Portegies Zwart e Edward van den Heuvel, da Universidade de Amsterdam, essa supernova não poderia ter sido causada por apenas uma estrela, mas por duas, gigantescas, que colidiram.

Fonte> O Globo on line


sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Físicos decifram mistério da origem de raios que bombardeiam a Terra


Ilustração mostra como seria um buraco negro supermaciço, possível fonte dos raios cósmicos mais energéticos (Foto: NASA/JPL-Caltech)


Um grupo internacional de físicos, que conta com participação brasileira, pode ter resolvido um debate de quase 50 anos, dado o primeiro passo para resolver um dos maiores mistérios da astronomia, e, de quebra, inaugurado uma “nova era” da pesquisa espacial. Eles acreditam ter decifrado a origem das mais energéticas partículas que bombardeiam nosso planeta vindas do espaço –- mais de 100 milhões de vezes mais fortes do que qualquer coisa que já vimos aqui na Terra.

O uso de condicionais no parágrafo acima não é à toa. A ciência dos raios cósmicos é tão complexa que é quase impossível afirmar alguma coisa com 100% de certeza. Por enquanto, o que sabemos é isto: diariamente, nosso planeta é bombardeado por raios altamente energéticos vindos do espaço. A grande maioria deles tem origem conhecida: o Sol. Os demais vêm, em grande parte, de outras partes da nossa galáxia. Mas, de tempos em tempos, raios extremamente energéticos chegam por aqui.


Não sabemos onde eles surgem, como surgem, ou como atravessam o espaço e chegam até aqui -– na verdade, não sabemos quase nada. Quase, porque o grupo do Observatório Pierre Auger, na Argentina, acaba de dar o primeiro passo, em um trabalho publicado nesta quinta-feira (8) na revista especializada "Science". Com uma rede de detecção maior que a cidade de São Paulo, eles concluíram pelo menos de onde esses raios superenergéticos não vêm: da nossa galáxia, a Via Láctea.


Suas observações indicam que o local de nascimento dessas partículas está nas galáxias vizinhas, provavelmente nos buracos negros supermaciços, que existem no centro delas. Parece pouco? Pois é muito. Essa é a primeira grande vitória de uma área científica que promete grandes descobertas para o futuro. “O que estamos investigando é o que há de mais interessante e desafiador no campo da física de raios cósmicos”, afirmou ao G1 o brasileiro Carlos Escobar, da Unicamp, que coordena a participação brasileira no projeto.


Um detector do Observatório Pierre Auger, com a Cordilheira dos Andes ao fundo (Foto: Cortesia/Observatório Pierre Auger)
Escobar explica o tamanho do desafio. “Com toda a tecnologia que desenvolvemos ao longo de toda a história da humanidade o máximo que conseguimos produzir é uma partícula 100 milhões de vezes mais fraca que uma vinda de um raio cósmico superenergético. E não temos qualquer perspectiva de irmos muito mais longe que isso”, diz ele. “É uma energia brutal, monstruosa e é impressionante que algo assim ocorra naturalmente. Temos a obrigação de descobrir de onde esses raios vêm e o que eles são”, afirma o físico.


O feito do grupo dá um passo importante para responder essas perguntas ao eliminar uma série de teorias que os cientistas tinham sobre a origem desses raios. Se eles realmente não vêm da Via Láctea, os pesquisadores podem concentrar seus estudos nas vizinhas, que possuam os chamados “núcleos ativos” -– os gigantescos buracos negros citados acima. Vale lembrar que os cientistas acreditam que todas as galáxias possuem buracos negros em seus centros (até mesmo a nossa), mas nem todas têm os buracos supermaciços, que geram quantidades absurdas de energia.

A física de raios cósmicos é uma dor de cabeça para os cientistas, porque investigar qualquer coisa sobre eles é muito difícil e exige muita infraestrutura. Até mesmo os raios vindos do Sol, aqui do lado, são em grande parte um mistério -– que está sendo investigado pela sondas da Nasa e da ESA (Agência Espacial Européia).

Até os raios menos energéticos, que deveriam, pela lógica, ser mais fáceis de estudar as origens, dificultam a vida dos astrônomos. Suas trajetórias são atrapalhadas por basicamente qualquer coisa que cruze o seu caminho. Assim, não dá para saber de onde eles vieram. Os mais energéticos, por serem mais fortes, ignoram os obstáculos e surgem aqui diretamente de seu ponto de origem. No entanto, eles são (bem) mais raros. Em média há apenas um evento por quilômetro quadrado por século. E é por isso que um grande observatório, como o Pierre Auger, foi necessário. O Brasil participa da iniciativa desde seus primeiros momentos, em 1995, com dinheiro, equipamentos e com o trabalho de um grupo de 25 cientistas.

E se você é daqueles que acha que é desperdício de dinheiro estudar astronomia, é bom mudar seus conceitos. “Os raios cósmicos estão extremamente ligados com a vida na Terra. É errado compartimentalizar a natureza. É errado dizer que certas coisas não vale a pena estudar. Os raios cósmicos estão aqui desde que a Terra existe. As partículas que caíram aqui influenciaram a evolução da vida no planeta. Tudo está conectado”, explica Escobar. “E, nenhuma cultura, nenhum país jamais foi prejudicado por saber demais”, conclui.

Fonte: O Globo on line

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Pouso suave na Flórida encerra missão do ônibus espacial Discovery


Comandante Pam Melroy pousa o ônibus espacial no Cabo Canaveral (Foto: Nasa)

O ônibus espacial Discovery pousou com sucesso na quarta-feira (07) na Flórida, após uma missão de 15 dias marcada por complicações, mas bem sucedida nos preparativos para que a Estação Espacial Internacional receba novos laboratórios.

Planando no céu claro, a nave tocou a pista de concreto do Centro Espacial Kennedy às 13h01 (16h01 em Brasília). Houve um duplo estrondo sônico na Flórida quando o ônibus se aproximava do final dessa missão de 10 milhões de quilômetros, iniciada com seu lançamento, em 23 de outubro.

A comandante Pamela Melroy, segunda mulher na história da Nasa a pousar uma nave, assumiu o controle manual a 15.240 metros do chão, fazendo curvas suaves no aparelho de cem toneladas para reduzir a velocidade.

"Parabéns pela tremenda missão e pelo grande pouso, Pam", saudou por rádio o astronauta Terry Virts, no Centro de Controle em Houston, assim que o Discovery parou.

Durante 11 dias, os tripulantes entregaram e instalaram um novo módulo, o Harmony, que servirá de conexão para dois novos laboratórios a serem entregues a partir de dezembro.

Fonte: O Globo on line

'Gêmea do Sol' tem 5 planetas e chance de abrigar vida

Estrela 'gêmea do Sol' bate recorde de planetas fora do Sistema Solar

Astrônomos americanos acharam quinto astro orbitando a estrela 55 Cancri. A 41 anos-luz da Terra, corpo celeste tem chance de abrigar vida.

Pesquisadores americanos anunciaram a descoberta de um quinto planeta orbitando a estrela 55 Cancri, que é uma "gêmea" do nosso Sol a cerca de 41 anos-luz daqui. Com isso, a estrela bate o recorde de planetas extra-solares (fora do Sistema Solar) confirmados até hoje, informou a Nasa.
Concepção artística mostra o novo planeta (em primeiro plano) e três de seus companheiros no mesmo sistema estelar (Foto: Nasa/JPL-Caltech)

O sistema estelar da 55 Cancri registra, por enquanto, apenas gigantes gasosos, nenhum deles menor que Netuno. Mas isso pode ser um resultado de um viés da técnica usada pela equipe, que foi liderada pela astrônoma Debra Fischer, da Universidade Estadual de San Francisco, nos Estados Unidos. É que o método dos pesquisadores usa como base um "bamboleio" na estrela-mãe, causado pela atração gravitacional sutil do planeta. Quanto maior o planeta, maior o bamboleio e, portanto, mais fácil fica detectá-lo.

Comparação entre o sistema extra-solar (em cima) e o nosso Sistema Solar; em azul, as órbitas dos planetas (Foto: Nasa/JPL-Caltech)

O novo planeta tem a metade do tamanho de Saturno -- o equivalente, portanto, a 45 vezes a massa da nossa Terra -- e completa uma órbita ao redor de sua estrela a cada 260 dias. O melhor de tudo é que, como 55 Cancri é uma estrela um pouco menos luminosa que o Sol, o planeta está na chamada zona habitável, onde a água pode aparecer no estado líquido.

O que isso pode significar? Talvez condições favoráveis à vida, se não no próprio planeta, que afinal é gasoso, então em suas possíveis luas. É que todos os gigantes gasosos do nosso Sistema Solar possuem muitos satélites naturais formados por uma mistura de água, rocha e outros elementos.

Fonte: O Globo on line

terça-feira, 6 de novembro de 2007

Efemérides e Mapa Sinóptico de Júpiter e seus principais satélites - Novembro de 2007

por: Lucimary Vargas

EFEMÉRIDE de Júpiter - 06 de Novembro de 2007

por: Lucimary Vargas

EFEMÉRIDES - Novembro de 2007

MÊS : Novembro de 2007

DIA HORA FENÔMENOS

1 18 QUARTO MINGUANTE
1 21 Mercúrio estacionário
3 10 Regulus 0.0°N da Lua
3 23 Saturno 0.2°N da Lua
4 10 Mercúrio 4.0°N de Spica
5 15 Vênus 2.8°N da Lua
7 23 Spica 1.9°N da Lua
8 3 Mercúrio 6.2°N da Lua
8 18 Mercúrio em máxima elongação (18°W)
9 7 Lua no apogeo
9 20 LUA NOVA
11 18 Antares 0.4°N da Lua
12 19 Júpiter 4.7°N da Lua
15 6 Marte estacionário
17 9 Netuno 0.9°N da Lua
17 20 QUARTO CRESCENTE
19 7 Urano 1.8°S da Lua
23 22 Lua no perigeo
24 2 Urano estacionário
24 12 LUA CHEIA
25 2 Aldebaran 10.5°S da Lua
27 3 Marte 1.7°S da Lua
28 0 Pollux 3.7°N da Lua
30 6 Vênus 4.2°N de Spica
30 17 Regulus 0.3°N da Lua

Fonte: Observatório Nacional

OBSERVAÇÃO: HORA LEGAL DO FUSO DE -3HORAS

Céu de Novembro - Destaques antes do amanhecer


Céu de Novembro - Visão do Horizonte Leste ao Zênite




Céu de Novembro - Visão do Horizonte Oeste ao Zênite


segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Céu de Novembro - Visão do Horizonte Norte ao Zênite


Céu de Novembro - Visão do Horizonte Sul ao Zênite


Céu de Novembro - Visão Geral - Zênite


Nossos Cálculos - Lua


Aqui estão alguns resultados dos cálculos obtidos nas planilhas Excel para a Lua:

Quarto Minguante: 2007 novembro 1º, às 21h19

nodo descendente: 2007 novembro 5, às 0h36

apogeu: 2007 novembro 9, às 12h32

Lua Nova: 2007 novembro 9, às 22h47

nodo ascendente: 2007 novembro 18 às 13h47

Quarto crescente: 2007 novembro 17 às 22h33

Lua cheia: 2007 novembro 24 às 14h30


Marco Aurélio A da Silva
Pirassununga - SP

Discovery se desacopla de estação espacial e começa retorno à Terra


O ônibus espacial Discovery se desacoplou da Estação Espacial Internacional (ISS) e começou o retorno à Terra com sete tripulantes a bordo, informou um porta-voz da Nasa na Rússia.
Durante os dezesseis dias de missão, os ocupantes do Discovery realizaram quatro caminhadas espaciais e consertaram os painéis solares que limitavam o fornecimento energético da plataforma orbital, segundo as agências russas.


A aterrissagem do Discovery deve ocorrer na quarta-feira (7) no Centro Espacial Kennedy, no sul da Flórida, às 16h17 de Brasília.


Fonte: Globo on line

Satélite chinês começa a orbitar ao redor da Lua


O satélite chinês "Chang'E I", que marca o início do programa lunar do país asiático, iniciou neste domingo (4), com sucesso a primeira de suas órbitas ao redor da Lua, segundo fontes do Centro de Controle Aeroespacial de Pequim citadas pela agência estatal "Xinhua". O "Chang'E I", lançado no dia 24 de outubro na base espacial de Xichang, reduziu sua velocidade pouco antes de chegar ao perilúnio (ponto mais próximo entre o satélite e a Lua) para entrar na órbita lunar, por volta das 11h38 (1h38 de Brasília).


O chefe do centro de controle, Wang Yejun, explicou que a partir de agora o satélite "Chang'E I" reduzirá sua velocidade - que no perilúnio era de 2,4 quilômetros por segundo - para que a gravidade da Lua lhe atraia gradualmente.


A sonda lunar deve enviar sua primeira imagem da Lua no final de novembro e continuará explorando o astro durante um ano, com fotografias em três dimensões e análise da distribuição dos elementos em sua superfície.


Fonte: EFE

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

Urânia

Talvez já tenham lido em emails uma saudação onde dizemos "saudações em Urânia". Sabem o que significa?

Urânia era, na Mitologia Grega, uma das nove Musas - as Ninfas que inspiravam as Artes.
Urânia era responsável pela Astronomia.
Na Mitologia, Urânia (em grego: Ουρανία - A celestial) era a musa da Astronomia e da Astrologia. Segundo diversas fontes, era filha de Urano, gerada sem mãe ou, ainda, de Zeus e Mnemósine.

Urânia era mãe de Lino, cujo pai era Apolo. É a menor de todas as musas.

Esta saudação é muito comum entre os astrônomos.

Saudações em Urânia !

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Astrônomos anunciam a descoberta de três planetas extra-solares

O astrônomo e caçador de planetas Andrew Collier Cameron, da Universidade de St. Andrews, no Reino Unido, anunciou nesta quinta-feira (31), junto com sua equipe, a descoberta de três novos planetas fora do Sistema Solar. Acredita-se que os novos astros sejam tão grandes quanto Júpiter -- o maior planeta em órbita do Sol.

Eles receberam o nome de WASP-3, WASP-4 e WASP-5 por conta do projeto WASP -- coordenado em conjunto por três universidades --, que busca justamente encontrar grandes planetas no espaço.

Fonte: Globo on line












Cientistas detectam possível existência de água na região equatorial de Marte


Vista da divisa topográfica entre os planaltos e as planícies marcianas(Foto: ESA/ASI/NASA/Univ. of Rome/Smithsonian)


As colinas do equador de Marte poderiam conter água em volume similar ao de uma calota polar, revelou um estudo divulgado nesta quinta (1) pela revista "Science".

Segundo cientistas da Universidade do Kansas e do Instituto Tecnológico da Califórnia, a possível existência de água foi revelada por dados proporcionados pelo radar da sonda "Mars Express". A existência de água no passado remoto de Marte foi confirmada há três anos pelos veículos exploradores "Spirit" e "Opportunity" da Nasa. Outras observações do planeta indicaram que também poderia haver água em grandes quantidades em seus pólos. Até agora, não havia suspeitas de que pudesse haver água no equador marciano.

As colinas se encontram na formação "Medusae Fossae", no equador de Marte, e até agora se supunha que eram compostas por cinza vulcânica e sedimentos arrastados pelo vento. No entanto, ao analisar o eco do radar após sua passagem através dos sedimentos, os cientistas determinaram que ele tinha as mesmas características da água congelada.

Se for confirmado que as colinas contêm grandes quantidades de gelo, o volume de água poderia ser similar ao dos depósitos do pólo sul, assinalaram. No entanto, os cientistas advertiram que não se descarta a possibilidade de que os sedimentos sejam formados por material de baixa densidade, que conteria pouco volume de gelo.

Fonte: Globo on line


Danos na ISS fazem Nasa adiar saída ao espaço

Às voltas com dois problemas graves na construção da Estação Espacial Internacional, a Nasa adiou pelo menos até sexta-feira uma importante saída em que astronautas tentariam consertar um painel de energia solar danificado.

A caminhada espacial que estava prevista para quinta-feira inicialmente serviria para inspecionar uma junta defeituosa que serve para girar outro painel de energia solar na direção do Sol. Mas na quarta-feira o centro de controle da missão avisou aos astronautas que os planos haviam mudado.

"Vamos apostar (em fazer a caminhada) no dia 11 do vôo (sexta-feira), e se realizarmos isso o conteúdo disso será o negócio da asa do equipamento solar", disse ele aos dez astronautas do ônibus Discovery e da Estação Espacial.

A repentina mudança de planos revela a incerteza da Nasa sobre como lidar com os problemas simultâneos, que obriga a agência a travar três enormes equipamentos de energia solar, para evitar mais danos e para manter a estabilidade da estação.A missão até então tranquila se complicou no domingo, quando aparas de metal foram achadas na junta de três metros que gira um dos painéis. Os astronautas Scott Parazynski e Douglas Wheelock deveriam examinar a peça mais detalhadamente na quinta-feira e eventualmente consertá-la. Mas na terça-feira um outro painel solar sofreu um rasgo de 75 centímetros quando era aberto, e o gerente do programa da estação, Mike Suffredini, disse então que preferia que os astronautas cuidassem disso.

A Nasa não sabe o que provocou os problemas nem se haverá conserto possível. A comandante do ônibus Discovery, Pamela Melroy, disse na quarta-feira a jornalistas que a luz do sol estava prejudicando a visão dos astronautas que monitoravam por vídeo o processo de abertura do painel solar rasgado, como a vela de um barco, e por isso não viram o estrago acontecendo.

"Podemos agora rever o que fizemos, e poderia haver outras coisas que poderíamos ter feito, mas acho que certamente abortamos (a abertura do painel) assim que vimos que alguma coisa não estava certa", afirmou.

A Nasa prepara a chegada de dois novos laboratórios à estação, a partir de dezembro, mas Suffredini disse que relutaria em manter os planos de ampliação do complexo orbital até que os painéis solares sejam restaurados. A agência já acrescentou um dia à missão do Discovery, que agora tem volta à Terra marcada para o dia 7, e funcionários do Centro Espacial Johnson dizem que uma nova prorrogação é possível.

A Nasa tem pressa em concluir as obras da estação antes de 2010, quando aposentará sua frota de ônibus espaciais.

Fonte: O Globo on line

quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Casal galáctico 'dança' e gera novas estrelas

Baile cósmico foi flagrado em detalhes por observações do Telescópio Espacial Hubble.

As galáxias se dividem em diversos tipos morfológicos e diversas classes, dependendo do critério escolhido. Uma dessas classes é a de galáxias em interação: galáxias que efetivamente interagem com outras, roubando ou cedendo matéria. Existem catálogos inteiros só de galáxias desse tipo. Talvez o mais famoso deles seja o Arp, compilado por Halton Arp nos anos 1960.


Esta nova foto do Hubble mostra em detalhes sem precedentes o par de galáxias conhecido como Arp 87. A excelente resolução do telescópio espacial mostra as galáxias NGC 3808 (à direita) e NGC 3808A (à esquerda) unidas por um braço de matéria.NGC 3808 é uma galáxia do tipo espiral vista quase totalmente de frente, e sua companheira de dança também é uma espiral, mas vista de perfil.


O detalhe interessante em NGC 3808A é que ela possui um anel de estrelas que orbita o plano do disco quase na perpendicular. Esse anel é chamado de "anel polar". Ele é formado por gás e poeira que saem de NGC 3808 e são atraídos pela companheira, e contém diversas regiões extremamente jovens.É fácil de notar que ambas as galáxias mostram os sinais da deformação provocada pela presença da outra galáxia.


Essas deformações são produzidas pela interação gravitacional de ambas, que também é responsável pela formação de novos berçários de estrelas. Já se sabe há algum tempo que choques entre galáxias são capazes de produzir novas regiões de formação estelar. Em especial, algumas galáxias em colisão têm os maiores níveis de formação estelar já observados.


Essas galáxias possuem um grande número de superaglomerados de formação de estrelas, muito mais do que estamos acostumados a ver nas vizinhanças de nossa galáxia. Essas regiões com intensa atividade de nascimento de estrelas são evidenciadas pelas cores azuladas nas duas galáxias.


Fonte: Globo on line

terça-feira, 30 de outubro de 2007

Painel solar rasga ao ser instalado na Estação Espacial Internacional

Um dos painéis solares instalados pelos astronautas da Nasa na Estação Espacial Internacional (ISS) se rasgou, nesta terça (30), no momento em que foi acionado, levando à interrupção da operação.
Os astronautas Scott Parazynski e Doug Wheelock completaram às 13h53 (em Brasília) o terceiro dos cinco dias de trabalho externo que estão previstos nesta missão da nave Discovery, acoplada à Estação desde quinta-feira (25).

Dano no painel solar da Estação Espacial Internacional (ISS) (Foto: Nasa)

A caminhada espacial desta terça durou sete horas e oito minutos. O objetivo foi instalar uma viga com painéis solares de mais de 15 toneladas que servirão para aumentar a geração de energia na ISS.

Parazynski e Wheelock saíram do compartimento Quest, foram até o extremo da viga de bombordo e ajudaram os operadores do braço mecânico a fixar a viga. Ambos deram instruções verbais ao engenheiro de vôo Daniel Tani e à especialista de missão Stephanie Wilson enquanto alinhavam a viga.

Quando a estrutura ficou no lugar certo, os astronautas conectaram a fonte de energia, o que acionou o funcionamento do painel. Nessa hora, uma faixa de painéis se enrugou e rasgou na beirada.

Operação suspensa
Os astronautas a bordo da estação espacial observavam a extensão dos painéis quando a comandante da ISS, Peggy Whitson, pediu a Houston para suspender a operação.
"Vimos que estava rasgando e paramos a instalação", disse Whitson.
Ela explicou que no início os astronautas não podiam ver o que ocorria porque estavam contra o Sol.

A Nasa disse que tinham instalado 25 metros dos painéis que medem 35 metros antes de interromper a operação. Não foi determinado de que forma o rasgo afetará a capacidade de geração de energia no painel solar.

O especialista italiano Paolo Néspoli, da Agência Espacial Européia, coordenou os lentos movimentos dos dois astronautas que flutuavam em torno dos braços mecânicos e da estrutura da ISS. Durante a excursão Parazynski inspecionou a junta rotatória dos painéis solares Alpha, no bombordo da ISS.

Lascas de metal
A junta similar a boreste da ISS apresentou recentemente vibrações e um aumento do consumo de energia. Uma inspeção feita no domingo (28) encontrou lascas de metal que podem causar o problema.

Parazinski disse aos técnicos que os anéis da junta estavam limpos e em boas condições. Agora os técnicos compararão esta informação com a recolhida no domingo. Na quinta-feira (1) haverá a quarta caminhada, durante a qual os astronautas voltarão a inspecionar a junta rotatória de boreste e revisarão as coberturas térmicas da nave.

ISS
A Estação Espacial Internacional orbita cerca de 380 quilômetros da Terra a 27.700 km/h. A construção custou US$ 100 bilhões e tem a participação de 16 nações.

A missão do Discovery serviu para levar até a ISS o módulo Harmony, de fabricação italiana, que ampliará o espaço de habitação da estação. Por enquanto, o Harmony ficou conectado ao módulo Unity, à espera de o Discovery descoplar e deixar livre o local onde será definitivamente instalado.O reposicionamento do Harmony ocorrerá em novembro, antes de chegar outra missão da nave, e a levará a cabo com trabalhos externos os residentes da ISS, que estão sob comando da americana Peggy Whitson.

O dia começou às 1h38 (de Brasília) com a música mariachi "Malagueña Salerosa", do mexicano Miguel Aceves Mejía, transmitida do Centro Espacial Johnson, em Houston (Texas), para despertar os astronautas do Discovery e da ISS. A canção foi escolhida por Sofia Pérez, mãe de Zamka e nascida na Colômbia. "Isto foi para mim. Mamãe, muitíssimo obrigado", disse ele para as câmeras, sorridente.

Fonte: Globo on line

Descoberto buraco negro 30 vezes maior do que o Sol

Astrônomos descobrem buraco negro gigante maior que 30 'sóis'

Descoberta ultrapassou recorde anunciado há duas semanas. Astro é o mais maciço dentre os que orbitam estrelas.

Ajudados por dois satélites da Nasa, os astrônomos descobriram a existência de um buraco negro que já ultrapassou um recorde anunciado há apenas duas semanas, em 17 de outubro. Com massa que pode chegar a 33 vezes a do Sol, ele é, agora, o buraco negro mais maciço que orbita outra estrela de que se tem notícia.

Esta concepção artística mostra gases espiralando dentro do buraco negro recém-descoberto, o maior de sua categoria. Aquecidos, os gases emitem raios-X, o que faz com que os astrofísicos deduzam a existência do astro (Foto: Aurore Simonnet/Sonoma State University/NASA )

Pertencente à categoria dos buracos negros de massa que podem ser comparadas às de grandes estrelas, ele é menor do que os gigantes encontrados em centros de galáxias. A nova descoberta foi localizada na constelação Cassiopéia, em uma galáxia-anã -- a IC 10 --, a 1,8 milhões de anos-luz da Terra.

Os astrofísicos não esperavam encontrar um buraco negro deste tipo tão grande e passaram a crer que eles podem ser bem maiores do que antes se imaginava.


Fonte: Globo on line

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

O mistério do cometa Holmes


Semana passada um evento chamou a atenção dos astrônomos pelo mundo afora. Um cometa obscuro aumentou seu brilho em um milhão de vezes em poucas horas. Ele saiu da magnitude 17 (visível apenas em poucos telescópios) para algo próximo de 2, visível a olho ao cair da tarde em grandes cidades!

O que teria acontecido com este cometa?O cometa 17P/Holmes foi descoberto há mais de 100 anos e possui uma órbita de sete anos de período, o que não permite uma grande aproximação do Sol -- por isso ele é tão fraquinho. O seu perihélio (a menor distância até o Sol) se deu em maio deste ano e foi além da órbita de Marte.

A descoberta do cometa também aconteceu quando ele teve um aumento de brilho repentino. Primeiro, ele apareceu como um objeto fraco, observado nas imediações da galáxia de Andrômeda no dia 06 de novembro de 1892, mas em poucos dias ele se tornou visível a olho nu. O que faz este cometa se comportar assim?Ninguém sabe, mas algumas hipóteses são boas. Sabe-se hoje em dia que os cometas não são necessariamente rochas cobertas de gelo compacto. O gelo se estrutura como um queijo suíço, com túneis e galerias que sofrem com o regime de aquecimento/resfriamento durante o percurso da órbita.

As variações de temperatura devem forçar o gelo a se expandir e contrair o que faz com que estas galerias colapsem de vez em quando. Quando isso acontece, uma parte interna do núcleo, rica em material volátil que ficava protegida pelas camadas superiores fica exposta, provocando uma súbita explosão de gás. Esta explosão lança para o espaço uma grande quantidade de gás misturado com poeira que reflete a luz do Sol. Esta é uma boa teoria, mas que dada a distância até o cometa, vai ser difícil de ser comprovada. Acredita-se que o mesmo tenha ocorrido em 1892, fazendo com que o cometa Holmes pudesse ser descoberto.Infelizmente, o show só está disponível para o Hemisfério Norte.

Quem estiver acima da linha do Equador deve procurar um disco difuso e amarelado (como na imagem de Igor Chekalin acima) na constelação de Perseu, na direção nordeste, logo após o entardecer.Eric Allen do Canadá montou esta seqüência (abaixo) de imagens mostrando a expansão do gás em volta do núcleo e colocou lado a lado com o disco de Júpiter para comparar seus tamanhos. Como a distância da Terra até o cometa é agora quase a mesma da Terra até Júpiter, os tamanhos físicos podem ser comparados. Trocando em miúdos: a nuvem em volta do cometa poderia engolir Júpiter!
Mas o mistério em volta (literalmente) do cometa Holmes ainda não acaba aí. Até agora não há indícios de cauda neste cometa. Mesmo com tanto gás da explosão, ainda não existem evidências fortes de que exista uma cauda proeminente. Nesta segunda-feira (29) saíram duas fotos que sugerem de leve a existência dela, mas estranhamente a possível cauda não aponta para a direção contrária ao Sol, como se esperaria.Ainda será preciso esperar mais um pouco até que a nuvem se dissipe para termos uma visão melhor do núcleo.
Fonte: Globo on line

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Astrônomos procuram buraco negro e acham centenas

Astrônomos passaram décadas procurando uma população de buracos negros considerados 'desaparecidos'. A busca por esses objetos, até agora, havia revelado apenas o topo do iceberg. Nesta sexta-feira (26), os cientistas da Nasa revelam o iceberg inteiro: centenas deles, se escondendo nas profundezas das galáxias a bilhões de anos-luz de distância.

A descoberta, que será publicada na edição de 10 de novembro da revista científica especializada "Astrophysical Journal", foi possível com o trabalho conjunto dos telescópios espaciais Spitzer e Chandra e, na verdade, é apenas uma fração do que se espera que exista no Universo. Os astrônomos acreditam que há milhões de buracos negros crescendo no Cosmos -- e nós não conhecemos nem a metade deles.

Ilustração mostra como seria um gigantesco buraco negro supermaciço, como os que foram encontrados, em crescimento (Foto: Nasa/JPL-Caltech)

Imagem feita em infravermelho pelo Spitzer mostra alguns dos buracos negros descobertos (Foto: Nasa)
Fonte: G1

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Fumaça deixa a Lua com aspecto alaranjado na Califórnia


Foto da lua com aspecto alaranjado na Califórnia , EUA devido ao incêndio de grandes proporções no local.


quarta-feira, 24 de outubro de 2007

China lança com sucesso satélite para orbitar a Lua

Imagem divulgada pela agência oficial Xinhua mostra momento do lançamento (Foto: AP)

China lançou nesta quarta-feira (24) com sucesso o Chang'E 1, primeiro satélite do país asiático que orbitará ao redor da Lua. A iniciativa representa um passo decisivo no programa espacial do país asiático, que espera enviar seus astronautas a esse satélite por volta de 2020. O nome Chang'e-I é inspirado em uma deusa tradicional chinesa: segundo a lenda, ela viajou à Lua e habita nela. O satélite foi lançado às 18h05 (8h05 de Brasília) a partir da base espacial de Xichang, na província de Sichuan. O Chang'e-I deve entrar na órbita de transferência entre a Terra e a Lua em 31 de outubro, e em 5 de novembro alcançará a órbita lunar para explorar o astro por um ano. A nave fotografará a superfície do satélite e analisará a poeira lunar com câmeras e espectrômetros.

O lançamento é o primeiro passo do programa lunar chinês. Depois, outro veículo não-tripulado aterrissará na Lua. Mais tarde, dentro de cerca de 15 anos, deverão chegar ao satélite os primeiros astronautas chineses. A corrida espacial chinesa causa nervosismo entre países como Índia e Japão, que também querem desenvolver viagens espaciais, e Estados Unidos, que temem a utilização do programa com fins militares. O lançamento desta quarta foi o primeiro aberto a espectadores, após décadas de sigilo.

Fonte: G1

Duas mulheres no comando se encontram no espaço pela primeira vez

A comandante do ônibus espacial Discovery, Pamela Melroy (Foto: AP)

Um grande salto está prestes a ser dado para as mulheres. Quando o ônibus espacial Discovery for lançado ao espaço nesta terça (23), uma mulher estará sentada na cadeira de comando. E lá em cima, na Estação Espacial Internacional (ISS), uma outra estará esperando para saudá-la.
Esta será a primeira vez, em 50 anos da história espacial, que duas mulheres estarão no comando de duas tripulações ao mesmo tempo.

E isso não é jogada de marketing da Nasa, mas uma coincidência que agrada a comandante do ônibos espacial, Pamela Melroy, e a da estação espacial, Peggy Whitson.
"Para mim, é o que tem de mais interessante nisso tudo", disse Melroy, uma coronel reformada das Forças Armadas que se tornará a segunda mulher a comandar um vôo espacial. "Não foi algo planejado ou orquestrado para acontecer."Realmente, as duas semanas de Melroy na missão de construção na ISS foram originalmente planejada para ocorrer antes da missão de seis meses de Whitson. "Este é um acontecimento muito especial para nós", disse Melroy. "Há um número suficiente de mulheres no programa e coincidentemente isso poderia acontecer, o que é maravilhoso. Diz muito sobre os primeiros 50 anos dos vôos espaciais."Whitson -- a primeira mulher a chefiar uma estação espacial -- chegou ao posto avançado orbital a bordo da nave russa Soyuz em 12 de outubro. Ela viajou com dois homens, entre eles um cosmonauta que a acompanhará durante todo o período de seis meses.

Onze anos atrás, pouco antes de Shannon Lucid ser enviada à estação espacial russa Mir, um oficial russo disse durante uma entrevista ao vivo que ele estava contente pela presença de uma mulher na estação, porque "nós sabemos que mulheres adoram limpar".
"Não ouvi nada parecido dos russos", disse Whitson em entrevista à agência de notícias Associated Press na semana passada. "Os cosmonautas são muitos profissionais. Ter trabalhado e treinado com eles durante anos antes de chegar essa oportunidade facilitou as coisas, porque não se tornou algo diferente para eles."

"Então creio que tenho mais sorte. Provavelmente Shannon quebrou mais barreiras nesse ponto do que eu", acrescentou Whitney, que passou seis meses a bordo da estação espacial em 2002.Melroy, de 46 anos, ex-piloto de testes de Rochester, NY, e Whitson, 47, uma bioquímica com Ph.D. que cresceu em uma fazenda em Iowa, estão entre as 18 mulheres astronautas da Nasa. Setenta e três são homens.


A contagem regressiva para o lançamento do Discovery começou neste sábado. Este será o terceiro vôo de Melroy em uma nave espacial; no primeiro, ela era co-piloto.
Melroy se tornou astronauta em 1995 e Whitson, em 1996. E agora, pouco mais de dez anos depois, as duas protagonizam um encontro inédito na história espacial. Definitivamente um grande passo para as mulheres, já que até o ano de 1978 elas não eram aceitas como autronautas pela Nasa.

Fonte: G1

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