quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Nasa anuncia missão científica na Lua


A Nasa enviará à Lua em 2011 a missão Gravity Recovery and Interior Laboratory (Grail), para medir o campo de gravidade lunar e responder a algumas dúvidas sobre a formação do sistema solar, disse o Laboratório de Propulsão a Jato (JPL). A missão vai exigir um investimento de US$ 375 milhões. Serão duas sondas em órbitas paralelas, disse o laboratório da Nasa em comunicado. A Grail, parte do programa Discovery da Nasa, "permitirá levar novas técnicas de estudo à Lua, que poderão ser usadas posteriormente em Marte e em outros planetas", disse Alan Stern, administrador adjunto da agência espacial americana.


As duas sondas captarão imagens em raios-X da crosta e do núcleo da lua, revelando com isso suas estruturas sob a superfície e, de maneira indireta, sua história térmica, segundo o JPL.
A agência espacial norte-americana pretende levar novamente um homem à Lua no fim da próxima década. No próximo ano, enviará a sonda Lunar Reconnaissance Orbiter, que ficará em órbita durante pelo menos um ano com o objetivo de identificar possíveis pontos de pouso para naves tripuladas.

O Globo on line

Brasil e Argentina lançam primeira missão espacial conjunta nesta quarta


Brasil e Argentina fazem nesta quarta-feira (12) sua primeira missão espacial conjunta, a Angicos, no Centro de Lançamento da Barreira do Inferno, no Rio Grande do Norte. O foguete, de fabricação brasileira, levará os experimentos argentinos, acompanhados de uma experiência da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, ao espaço.

A primeira tentativa de lançamento ocorre às 6h da manhã, se a meteorologia permitir.

O foguete VS-30 foi construído através de uma parceria da Força Aérea Brasileira (FAB) e da Agência Espacial Brasileira (AEB). Pesando cerca de 1500 kg e com oito metros de comprimento, ele levará os experimentos para o espaço, num vôo suborbital, e depois deve soltá-los no mar. Além de cuidar do lançamento, os brasileiros também vão responder pela recuperação da carga útil no mar, com navios e pessoal da Marinha. Ao todo, mais de 100 argentinos e brasileiros estão envolvidos nos trabalhos. Na carga útil vão dois experimentos muito parecidos, um argentino e outro da UFRN: sistemas de navegação de veículos espaciais baseados em GPS. Além disso, os argentinos levam ao espaço outros experimentos de suas universidades. Originalmente militar, o programa espacial argentino foi passado para o controle civil no governo do presidente Carlos Menem, em 1991, por pressão dos Estados Unidos. Desde então, os argentinos tiveram que começar sua pesquisa na área praticamente do zero. Apesar de terem tecnologia para desenvolver satélites, os argentinos precisam da ajuda de outros países para fazer lançamentos. O projeto da missão Angicos é fruto de uma intensa cooperação interna na Argentina, que reuniu esforços de universidades e agências do governo. Para o coordenador brasileiro do projeto, o coronel Luiz Fernando de Azevedo, da FAB, os argentinos são os maiores beneficiados nessa primeira missão conjunta, mas o Brasil tem muito a lucrar com essa parceria. “Não apenas vamos embarcar um experimento brasileiro e fazer testes nossos, como vamos lançar mais um foguete. Isso é essencial para manter nossa tecnologia e as equipes treinadas”, explicou ele ao G1. Para o encarregado do governo argentino, Roberto Yasielski, Brasil e Argentina têm muito proveito a tirar do trabalho conjunto. “É muito bom para os dois, porque estamos unindo esforços e recursos de dois países emergentes.”, disse ele. Yasielski afirmou estar sendo “mais do que muito bem tratado no Brasil". “Estamos trabalhando como amigos. Os ventos prometem muitos benefícios para o futuro”, disse ele.


O Globo on line

Marte já foi capaz de formar compostos orgânicos, revela estudo


Marte pode ter sido capaz de formar os mesmos compostos orgânicos de carbono e hidrogênio que são as bases da vida na Terra, de acordo com uma análise do material encontrado no meteorito marciano Alan Hills 84001. É a primeira vez que se indica que Marte pode ter sido capaz de formar compostos orgânicos. Anteriormente, os pesquisadores acreditavam que a matéria orgânica encontrada no ALH 84001 ou tinha sido levada a Marte pelo impacto de outros meteoritos ou então tinha sido formada a partir de micróbios marcianos.

Liderados por Andrew Steele, os pesquisadores do laboratório de geofísica do Instituto Carnegie, nos Estados Unidos, fizeram um estudo detalhado do meteorito e compararam os resultados com os obtidos a partir de rochas encontradas na região de Svalbard, na Noruega. Essas amostras foram retiradas de vulcões que entraram em erupção no Ártico há cerca de um milhão de anos, condições possivelmente semelhantes às de Marte em seus primeiros momentos. Segundo a explicação de Steele, os compostos orgânicos ocorrem dentro de pequenas esferas de material carbonato, tanto nas rochas marcianas quando nas da Terra. Quando as rochas de feitas a partir de material vulcânico de Svalbard esfriaram, o mineral magnetita agiu como catalisador dos compostos orgânicos a partir de fluidos ricos em dióxido de carbono e de água. Tudo isso aconteceu em condições onde a vida seria improvável. As amostras do meteorito marciano são ligadas à magnetita, o que indica que esse material orgânico não teria surgido a partir de formas de vida, mas diretamente de reações químicas dentro da rocha.


O Globo on line

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