quarta-feira, 10 de setembro de 2008

LHC já está ligado, mas resultados só devem vir para valer em 2009

Superacelerador passa agora por fase de validação de todos os sistemas.Expectativa é ter 150 dias para colher dados de física no ano que vem.


Salvador Nogueira Do G1, em São Paulo


O LHC começa a manipular e acelerar prótons hoje, mas os resultados científicos relevantes que o mundo espera não virão do dia para a noite. É certo que grandes descobertas terão de esperar, pelo menos, até 2009. "Você ligar um acelerador desse porte não é como ligar um aparelho na tomada", explica Sérgio Novaes, físico da Unesp (Universidade Estadual Paulista) envolvido com o projeto internacional coordenado pelo Cern (Organização Européia para a Pesquisa Nuclear), na Suíça.









Trabalhador solda peças no interior do túnel do LHC (Foto: Cern)
"Tudo é um processo, que começou 20 anos atrás, no momento em que o LHC começou a ser projetado", diz o cientista. "Para que se tenha uma idéia, só para resfriar o túnel [por onde passam as partículas] levou dois meses." O resfriamento é necessário porque o LHC (Grande Colisor de Hádrons, na sigla inglesa) manipula os prótons por meio de imensos magnetos supercondutores, que exigem temperaturas baixíssimas para operar corretamente. Grosso modo, o LHC é uma espécie de "rodoanel" para prótons. Um túnel circular de 27 km, localizado sob a fronteira entre a Suíça e a França, ele servirá para acelerar feixes de partículas até 99,99% da velocidade da luz. Produzindo um feixe de prótons em cada direção, a idéia é colidi-los quando estiverem em máxima velocidade. O impacto é capaz de simular condições próximas às que existiram logo após o Big Bang, gerando um sem-número de partículas elementares.
Nesta quarta-feira, pela primeira vez os cientistas do LHC viram feixes de prótons completando voltas inteiras pelo anel. Mas as primeiras colisões só devem acontecer em no mínimo 60 dias. "Já devemos conseguir alguma física ao redor de novembro", diz Harvey Newman, físico do Caltech (Instituto de Tecnologia da Califórnia) envolvido com o LHC. Mas, por alguma física, ele quer dizer a observação de certas partículas -- já conhecidas -- geradas pelas colisões do novo acelerador.
"Esse processo é muito importante", conta Novaes, "porque é a partir dele que começamos a usar elementos bem conhecidos da física para entender o desempenho dos novos detectores." Como tudo no LHC é novo, os cientistas precisam de tempo para aperfeiçoar suas operações e obter resultados significativos. Espera-se que essa curva de aprendizado comece a se acentuar, em benefício da ciência, a partir de 2009. "Será quando haverá a validação do LHC para altas energias. O planejamento do Cern espera que 2009 tenha 150 dias de tomada de dados de física", afirma Novaes. A partir daí que poderão começar as grandes buscas inéditas do novo acelerador, como por exemplo a caça ao famoso bóson de Higgs.
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Satélite detecta explosão colossal apontada na direção da Terra

Evento deve ter sido provocado pelo colapso de uma estrela de alta massa.Se tivesse ocorrido mais perto, fenômeno teria acabado com vida na Terra.

Salvador Nogueira Do G1, em São Paulo

No último dia 19 de março, o satélite Swift, da Nasa, detectou uma explosão violenta no espaço sideral. Mas não qualquer explosão; um fenômeno conhecido como rajada de raios gama (ou "gamma-ray burst", em inglês). E não qualquer rajada de raios gama, mas uma que estava apontada diretamente na direção da Terra. Por conta disso, o fenômeno deve ter sido visível a olho nu.



Concepção artística da rajada de raios gama mais brilhante já vista (Foto: ESO)


Se o objeto que a emitiu estivesse suficientemente próximo, poderia ter cozinhado toda a vida existente em nosso planeta. "Se isso acontecesse em nossa galáxia, estaríamos numa grande encrenca", afirma David Burrows, líder da equipe do Swift. Felizmente, ele estava a uma distância segura: nada menos que 7,5 bilhões de anos-luz. Para que se tenha uma idéia da distância, ela fica na metade do caminho entre nós e os objetos mais distantes que podem ser enxergados daqui. O resultado, portanto, foi apenas um grande espetáculo astronômico. E, pelo fato de estar direcionada na direção da Terra, a rajada de raios gama batizada de GRB080319B foi a mais brilhante já observada. Tanto que as emissões em luz visível que acompanharam os raios gama for visíveis a olho nu. Ou seja, se você estivesse olhando para o céu na direção certa, na hora certa, poderia tê-lo enxergado. "Ele foi visível por 40 segundos", relata, em entrevista coletiva, Judith Racusin, pós-graduanda da Universidade Estadual da Pensilvânia e primeira autora do estudo que relatou os resultados, na edição desta semana do periódico britânico "Nature".


Rede de observação
Sempre que o Swift detecta uma rajada de raios gama, a equipe responsável pelo satélite comunica a uma grande rede mundial de astrônomos, que então procede com a observação. Foi o que aconteceu no dia 19 de março. Mas graças às peculiaridades desse evento -- com a orientação da rajada voltada para a Terra --, os resultados foram espetaculares. "Foi o melhor conjunto de dados já obtido sobre a mais brilhante rajada de raios gama já observada", comemorou David Burrows. "Essas circunstâncias improváveis", completou Racusin, referindo-se ao alinhamento da rajada com a Terra, "nos permitiram ver esse objeto de um modo diferente." Com as observações, os cientistas esperam entender melhor como acontecem essas rajadas de raios gama. Conhecidas como os eventos energeticamente mais potentes do universo, essas rajadas são produzidas quando uma estrela de alta massa entra em colapso e produz um buraco negro ou uma estrela de nêutrons.

A galáxia dos mil rubis



Uma jóia dos céus austrais, M83 é uma das galáxias que mais atraem a atenção de observadores, amadores ou não.

M83 é, ao que parece, uma versão da Via Láctea em pequena escala com um tamanho2,5 vezes menor. Trata-se também de uma galáxia do tipo espiral barrada que está a 15 milhões de anos-luz de distância na constelação de Hidra. Esta galáxia foi descoberta no século 18, mas até hoje guarda alguns mistérios, justamente o que a faz ser tão observada.Essa nova imagem, obtida pelo Observatório Europeu Austral (ou ESO, em inglês) mostra uma miríade de regiões de formação de estrelas, em especial aquelas com muita massa. Essas regiões são os tais rubis da foto, regiões onde o hidrogênio é excitado e brilha intensamente nessa coloração rosada. Não é difícil notar que essas regiões traçam muito bem a posição dos braços espirais da galáxia. Mas, até aí, nada de muito misterioso.

As surpresas vêm de outros comprimentos de onda, além da luz visível que nossos olhos normalmente enxergam. Por exemplo: em raios ultravioleta e em rádio, essa galáxia mostra que existe formação de estrelas em regiões externas, muito afastadas de onde se esperaria que isso estivesse acontecendo. Em raios-X, é possível notar que o núcleo de M83 está imerso em uma nuvem de gás aquecido a uma temperatura de 7 milhões de graus! Não satisfeito com as proezas de M83? Ela é uma das fábricas mais produtivas desupernovas, estrelas de muita massa explodindo ao final de suas vidas. Ela é uma das duas galáxias conhecidas que teve seis explosões dessas em 100 anos. Só para comparar, a taxa de explosões de supernovas na nossa galáxia é de uma a cada cem anos! Uma delas, conhecida como SN 1957D, ficou observável por 30 anos!

É por essas e outras que astrônomos ainda continuam investido na M83. A imagem acima, por exemplo, levou em torno de 100 minutos para ser obtida, em quatro filtrosdiferentes, com o uso de uma câmera especial que consegue obter imagens de campos de visada bem grandes de uma só vez. As estrelas brilhantes que vemos em primeiro plano são estrelas da nossa galáxia. Além da M83 é possível ver, ainda nessa foto, algumas outras galáxias mais distantes.
Postado por Cássio Barbosa em 04 de Setembro de 2008 às 12:17

Eta Carina, a bomba-relógio


Eta Carina, durante muito tempo considerada a estrela mais massuda de nossa galáxia, tem mostrado sinais da idade. Apesar de não ser mais “a” estrela com mais massa na Via Láctea, ela deve ser um sistema composto por duas das mais massudas, e estrelas com muita massa vivem pouco. Isso as leva a ter uma alta temperatura, um forte brilho, mas um curto intervalo de vida. E parece que a hora de Eta Carina chegou, ou está para chegar. Bom, se você é daqueles que acredita que o LHC vai produzir um miniburaco negro que vai tragar a Terra, não precisa se preocupar. Mas a história é a seguinte. Em 1843, Eta Carina sofreu uma explosão tão intensa que ela pôde ser observada de dia! Eta Car (para os íntimos) é visível no hemisfério Sul e está a 7.500 anos-luz de distância. Naquela época, astrônomos no observatório da África do Sul relataram o súbito aumento de brilho. Hoje em dia ainda é possível ver os restos dessa explosão na forma de uma nebulosa chamada de Homúnculo. A foto do Homúnculo é um dos ícones produzidos pelo Telescópio Espacial Hubble. Restos de uma explosão anterior, por volta de uns 1.000 anos atrás, também podem ser vistos nessas imagens. Um colega nosso, Nathan Smith, mostra na edição de hoje da revista científica “Nature” que novas observações que ele fez nos observatórios Gemini Sul e CTIO, ambos no Chile, revelam filamentos de gás se afastando muito rapidamente, quase cinco vezes maisrápido do que o material do Homúnculo. Esse material teria sido ejetado de Eta Car no mesmo evento de 1843. Por essa hipótese, toda estrela muito massuda daria sinais de esgotamento de seu combustível alguns anos antes de explodir como uma supernova. Esse tipo de evento tem sido observado em outras galáxias, mas até agora não há nenhuma explicação para ele. Como uma estrela pode se tornar tão brilhante assim sem ter se tornado uma supernova?Nessa ejeção de massa, Smith calcula que Eta Car se livrou de algo em torno do equivalente a 10 estrelas como nosso Sol de uma só tacada. Ainda sim, logo em seguida, ainda teve fôlego para ejetar todo o material que compõe o Homúnculo. De tanto perder massa assim, é possível que hoje ela tenha por volta de um terço de sua massa original.O fato é que aparentemente uma estrela com tanta massa passa por golfadas violentas como essa até sua explosão final como supernova. De fato, uma hipernova observada em 2006 passou por um evento desses dez anos antes. Eta Carina, pelo que vemos nas imagens, passou por duas já, uma há 1.000 anos e outra em 1843. Resta saber quando será a terceira que provavelmente pode ser a última. Pode ser uma questão de décadas, ou séculos, mas no máximo em 1.000 anos Eta Carina vai explodir espetacularmente, tornando-se o objeto mais brilhante de nossa galáxia.É esperar para ver!


Postado por Cássio Barbosa em 10 de Setembro de 2008 às 16:36

Solar Observations/August 2008 (OAMonoceros)

Observer 1)

Name: Lucimary Vargas
E-mail: observatorio.monoceros@gmail.com
Memno: CV-130
Place: Além Paraíba-MG-Brazil
Telescope: 200mm/1600mm
Method: D
Day01: 13:35
CV01: 00
cond01: 1
Day02: 13:22
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Day03: 13:06
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Day13: 14:17
CV13: 00
cond13: 1
Day14: 14:00
CV14: 00
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Day15: 14:07
CV15: 00
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Day16: 14:33
CV16: 00
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Day17: 14:25
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Day18: 13:48
CV18: 00
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Day19: 13:27
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Day20: 12:55
CV20: 00
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Day21: 14:25
CV21: 00
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Day22: 14:41
CV22: 00
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Day23: 14:37
CV23: 00
cond23: 1
Day24: 15:10
CV24: 00
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Day25: 15:04
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Day26: 13:46
CV26: 00
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Day27: 13:40
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Day28: 12:58
CV28: 00
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Day29: 13:09
CV29: 00
cond29: 2
Day30: 13:47
CV30: 00
cond30: 3
Day31: 15:00
CV31: 00
cond31: 3
Comments: Tel. Refl. Newtoniano 200 mm Ø , 100 X , Solar Skreen Filter

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Observer 2)
 
Name: Leoncio Guardamino
E-mail: leoncioguardamino@yahoo.com.br
Memno: CV-170
Place: Além Paraíba-MG-Brazil
Telescope: 150mm/1140mm
Method: D
Day01: 13:00
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Day02: 13:24
CV02: 00
cond02: 1
Day03: 13:26
CV03: 00
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Day04: 12:25
CV04: 00
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Day05: 12:19
CV05: 00
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Day06: 12:47
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Day07: 14:09
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Day08: 14:28
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Day09: 15:22
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Day10: 15:35
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Day11: 14:25
CV11: 00
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Day12: 14:33
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Day13: 14:11
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Day14: 14:18
CV14: 00
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Day15: 14:36
CV15: 00
cond15: 1
Day16: 14:39
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Day17: 13:25
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Day18: 13:18
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CV29: 00
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Day30: 13:27
CV30: 00
cond30: 3
Day31: 15:24
CV31: 00
cond31: 3
Comments: -
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Lucimary Vargas
Além Paraíba-MG-Brasil
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Presidente:
Observatório Astronômico Monoceros
Estacão Meteorológica Nº083/5ºDISME-INMET
CEPESLE -Centro de Estudos e Pesquisas Sertões do Leste
AHAP-Arquivo Histórico de Além Paraíba
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Monoceros Educacional-Cursos-EaD
http://www.observatoriomonoceros.com.br
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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