quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

O acordo do clima pode criar nova divisão para os países


O acordo global para o clima pode criar nova classificação para os países. Pelo menos nos bastidores da negociação internacional para um acordo do clima, na Polônia. Representantes dos países estão preparando as bases para um tratado contra as mudanças climáticas, que será assinado em dezembro do ano que vem. Agora, o que circula nos corredores das salas de negociação é uma nova divisão do mundo. Até então, qualquer tentativa de reduzir as emissões dos países esbarrava em uma dicotomia complicada. Hoje, os países desenvolvidos, listados em um grupo chamado Anexo 1, têm obrigações de reduzir os gases que contribuem para o aquecimento global. Os outros países não têm obrigação alguma, incluindo a China que hoje deve ser quem mais emite no mundo. A briga de governos como dos EUA, Canadá e Japão é que eles se recusam a assumir metas ambiciosas, sem a participação de países como Brasil, China, Rússia e Índia. Esse bloco emergente, por sua vez, argumenta que os ricos devem fazer sua parte primeiro.Para sair do impasse, o mundo deverá ser fatiado de outra forma. A proposta mais forte nas mesas de discussão cria outros grupos de países. O Anexo 1 são os países desenvolvidos: EUA, Canadá, Japão, Austrália, Nova Zelândia e o grupo da Europa Ocidental (Alemanha, França, Itália, etc). O Anexo 2 seriam os países do ex-socialista europeu: Polônia, Hungria, Ucrânia e inclusive a Rússia. O Anexo 3 teria os países emergentes e influentes: Brasil, China, Índia, Coréia do Sul, México e África do Sul. O Anexo 4 seriam os países emergentes e menos influentes: Argentina, Chile, Indonésia, Venezuela, etc. E finalmente o Anexo 5 teria os países pobres: Bolívia, Timor, países africanos, etc.“Pode ser uma forma de criar compromissos diferentes, de acordo com a condição de cada grupo”, diz Ernesto Cavasin, da PriceWaterhouseCoopers, e observador da conferência na Polônia. Segundo ele, a proposta vem sendo bem aceita pelos diplomatas e ministros dos vários países. “Para o Brasil, isso significa assumir obrigações como metas de redução nas emissões, mas por outro lado cria uma situação de liderença no grupo da América Latina”, diz.

Alexandre Mansur - Blog do Planeta

Cientistas encontram buraco negro na Via Láctea

Astrônomos alemães confirmaram que há um buraco negro gigantesco no centro da Via Láctea, a galáxia onde fica o planeta Terra. Os especialistas rastrearam o movimento de 28 estrelas que circulavam no centro da galáxia utilizando o Observatório Europeu do Sul, no Chile. O buraco negro tem uma massa 4 milhões de vezes maior do que a do nosso Sol, de acordo com o trabalho científico publicado na revista "The Astrophysical Journal". Buracos negros são objetos cuja gravidade é tão forte que nada - nem a luz - consegue escapar. De acordo com Robert Massy, da Sociedade Real Astronômica, os resultados sugerem que as galáxias se formam em volta de buracos negros gigantescos, tal como pérolas surgem ao redor de fragmentos dentro das ostras.

'A pérola negra'
Massy disse: "Embora nós pensemos em buracos negros como algo ameaçador, no sentido de que se você se aproximar de um estará em perigo, eles podem ter desempenhado um papel em ajudar a formação de galáxias - não apenas a nossa própria mas todas as galáxias". "Eles desempenharam um papel em juntar matéria e se houver uma densidade de matéria alta o suficiente há condições para as estrelas se formarem. Então a primeira geração de estrelas e galáxias pode ser criada." Os pesquisadores do Instituto para Física Extraterrestre Max-Planck, na Alemanha, disseram que o buraco negro está a 27 mil anos-luz da Terra. "Sem dúvida, o aspecto mais espetacular de nosso estudo de 16 anos é que ele proporcionou o que é considerada agora a melhor evidência empírica de que maciços buracos negros realmente existem", afirmou Reinhard Genzel, chefe da equipe de pesquisa. "As órbitas estelares no centro da galáxia mostram que a concentração central de massa de 4 milhões de massas solares tem de ser um buraco negro, acima de qualquer dúvida razoável."

BBC

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