terça-feira, 26 de maio de 2009

Cratera em Marte foi formada por vento e água, sugere jipe

Estudo foi publicado no periódico americano "Science".Resultados reúnem dados coletados por sondas no planeta vermelho.

Henry Fountain
New York Times


Imagem da cratera Victoria feita por jipe robótico da Nasa em Marte (Foto: Nasa)

Aqueles dois rovers em Marte, Spirit e Opportunity, ofereceram muita informação sobre o planeta nos cinco anos em que estiveram rondando sua superfície. A maior parte dos dados diz respeito à questão central do papel desempenhado pela água no passado do planeta, e um novo artigo, publicado na Science, que descreve a exploração da Cratera Victoria pela Opportunity, na Meridiani Planum, uma planície próxima do equador, não é exceção. O texto é de autoria de Steven W. Squyres, um astrônomo da Universidade Cornell, e mais 30 colegas. Ele resume informações divulgadas nos últimos anos e resume o resultado em duas palavras: molhado e ventoso. Ou seja, a água e o vento alteraram o terreno ao redor da cratera assim como em qualquer outro lugar, sugerindo que os processos são regionais em escala. O impacto formador da cratera (que tinha originalmente 600 metros de diâmetro) expeliu rochas sedimentares e expôs camadas de sedimentos ao longo da borda. Porém, há muitas evidências de erosão por vento – a cratera aumentou para cerca de 750 metros, formando entalhos e escarpas pela margem. Além disso, rochas expelidas para fora foram aplainadas e formaram um terreno liso. A Opportunity examinou muitas rochas expostas próximas da borda e uma seção de 10 metros de profundidade chamada de Duck Bay. Assim como na exploração de duas outras crateras, pequenas esferas de hematita, uma forma de óxido de ferro, foram encontradas dentro das rochas e na superfície. Geralmente, as esferas, formadas em condições úmidas, aumentam seu tamanho de acordo com o aumento da profundidade. Isso sugere que as águas subterrâneas (possivelmente mais abundantes com o aumento da profundidade) afetaram os sedimentos. O rover Opportunity continua rodando e agora se dirige para outra cratera. No total, ele já viajou quase dez milhas. O Spirit viajou a metade dessa distância, e agora está preso na areia, do outro lado de Marte.

Astrônomos conseguem flagrar explosão de supernova 'secreta'

Fenômeno aconteceu na galáxia M82, a 12 milhões de anos-luz daqui.Nuvens de gás encobrem conflagração, mas ondas de rádio passam.

Do G1, em São Paulo
Uma equipe internacional de pesquisadores capitaneada pelo alemão Andreas Brunthaler, do Instituto Max Planck de Radioastronomia, detectou o que se pode chamar de "supernova secreta": a explosão de uma estrela no centro da galáxia M82, que normalmente ficaria totalmente encoberta e invisível para nós aqui na Terra. A densidade de matéria no centro galáctico normalmente taparia a luz do evento com nuvens de gás e poeira, mas ondas de rádio produzidas pela supernova conseguem atravessar e foram detectadas.



A galáxia em cujo centro foi detectada a explosão (à esq.); em cima e à direita, um zoom na estrela (Foto: Divulgação)

A descoberta foi feita com a ajuda do Very Large Array, um conjunto de 27 grandes telescópios postados no estado americano do Novo México. A imagem acima mostra o evento com graus cada vez mais refinados de detalhe. O último detalhe, no canto inferior direito, revela a expansão da "casca" externa da estrela sob o impacto da explosão -- algo da ordem de 20 dias-luz, ou 520 bilhões de quilômetros.

A estrutura em forma de anel em torno da estrela está se expandindo a cerca de 4% da velocidade da luz, ou 40 milhões de quilômetros por hora -- velocidade típica para supernovas. O cadáver da estrela que sobrou dessa conflagração deve se transformar num buraco negro ou numa estrela de nêutrons.

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