terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Agência Espacial Europeia revela novas provas sobre oceano em Marte

Da EFE -A Agência Europeia do Espaço (ESA) informou nesta segunda-feira (6) que seu satélite Mars Express apresentou provas que um oceano cobriu parte da superfície de Marte, algo que já se suspeitava, mas que ainda continua sendo objeto de controvérsia.

O estudo partiu de dados gerados durante mais de dois anos pelo radar Marsis, que alcançou o planeta vermelho em 2005. As informações recolhidas permitiram que os especialistas descobrissem que as planícies do hemisfério Norte estão cobertas por um material de baixa densidade.

Jéremie Mouginot, do Instituto de Astronomia Planetária e Astrofísica de Grenoble (IPAG), assegura que esses compostos parecem ser depósitos sedimentários, o que supõe "uma nova e sólida prova de que em outros tempos houve um oceano nessa área".
Ilustração mostra o hemisfério Norte de Marte, ocupado por oceano no passado.
(Crédito: C. Carreau / ESA)
 
O fato de que Marte já foi parcialmente coberto por um oceano era uma hipótese já trabalhada pela comunidade científica, mas essa descoberta apresenta melhores indícios para confirmá-la.

A certeza sobre a formação dessa massa de água continua sendo vaga. Acredita-se que pode ter sido originada há 4 bilhões de anos, quando o planeta vermelho apresentava condições meteorológicas mais amenas, ou há 3 bilhões, quando a camada de gelo da superfície se fundiu após um grande impacto.

O chefe da equipe da IPAG, Wlodek Kofman, explica que a Marsis penetrou o subsolo marciano, chegando a  80 metros de profundidade, onde recolheu provas de sedimentos e de gelo.

Por enquanto, os cientistas descartam que esse provável oceano tenha tido tempo suficiente para permitir o desenvolvimento de vida e asseguram que provas da mesma terão que surgir em pesquisas sobre épocas anteriores da história desse planeta
.
Os dados anteriores do Mars Express sobre a existência de água em Marte vinham da análise de imagens ou de informações mineralógica e atmosférica, mas não de uma visão tão próxima com as referências obtidas pelo radar.

O satélite vai seguir em atividade para investigar o possível paradeiro desse grande volume de água..

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