quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Astrônomo amador descobre explosão estrelar por acaso

Irlandês havia descoberto outra supernova a partir de seu quintal, em 2010.

Da BBC

Supernova (Foto: BBC) 
Supernova (Foto: BBC)
 
Menos de dois anos após descobrir uma explosão estrelar, evento chamado de supernova, um astrônomo amador avistou uma segunda explosão, as únicas já descobertas na Irlanda.

O desenvolvedor de software Dave Grennan, de 41 anos, estava vendo o céu com um telescópio a partir de seu jardim em Dublin, quando presenciou o espetáculo, na noite de 22 de agosto.

"Levei o maior susto da minha vida. Já ia dormir e, ao examinar a última foto, quase caí da cadeira. Sabia exatamente o que era, que não se tratava de sujeira na minha câmera, mas de uma supernova", disse ele.

Grennan afirmou que passou as horas seguintes examinando os dados e checando se mais alguém no mundo havia relatado o fenômeno. Ele então contatou a União Astronômica Internacional, que reconheceu e catalogou a descoberta.

"Fiquei muito animado de descobrir algo que não havia sido relatado em nenhum local do mundo antes" disse.

Neil Armstrong
Grennan dedicou a descoberta ao astronauta Neil Armstrong, que morreu no sábado (25), e explica que ela não pode ser batizada com o nome do americano, já que "apenas objetos permanentes recebem nomes".

Segundo explica o astrônomo amador, "a explosão pode ser vista por alguns meses e depois desaparece".

A supernova descoberta foi a de uma estrela cem vezes maior que o Sol ocorrida em outra galáxia, chamada IC2 166. O astro tornou-se grande demais e não suportou seu próprio peso, segundo especialistas. A explosão aconteceu há 123 milhões de anos-luz.

"Isso significa que levou mais de 120 milhões de anos para a luz da explosão viajar pelas profundezas do universo até o nosso planeta. É como olhar diretamente para o passado", disse.

O desenvolvedor de software já havia descoberto outra supernova em setembro de 2010, usando o mesmo telescópio.

Há quatro anos, ele descobriu também um pequeno asteroide, de apenas 3 metros de diâmetro, batizado com o nome de sua mãe, Catherine Griffin, que encorajou seu interesse pelas estrelas quando criança.

Astrônomos acham açúcar ao redor de estrela jovem pela primeira vez

Do G1, em São Paulo

Um time internacional de astrônomos detectou, pela primeira vez, moléculas de açúcar ao redor de uma estrela jovem, informou nesta quarta-feira (29) o Observatório Europeu do Sul (ESO). A descoberta foi feita pelo telescópio Alma, localizado a 5 mil metros de altura no deserto do Atacama, no Chile.

Açúcar espaço (Foto: NASA/JPL-Caltech/WISE Team ) 
A estrela IRAS 16293-2422 fica na nebulosa escura Rho Ophiuchi, na constelação do Serpentário, vista na imagem com luz infravermelha por outro telescópio, o Wise, da Nasa (Foto: NASA/JPL-Caltech/WISE Team )
 
Os resultados aparecem na revista científica "Astrophysical Journal Letters" e mostram que os blocos de "glicoaldeído", um tipo simples de açúcar – com a fórmula química C2H4O2 –, estavam no disco de gás e poeira que circunda a estrela IRAS 16293-2422.

O astro fica na constelação do Serpentário, a cerca de 400 anos-luz de distância da Terra, o que é considerado "próximo" na escala do Universo. Ele tem massa semelhante à do Sol e pertence a um sistema binário, ou seja, onde há duas estrelas orbitando um centro comum.

Açúcar espaço (Foto: ESO/L. Calçada & NASA/JPL-Caltech/WISE Team) 
 
Moléculas de açúcar foram achadas na região que fica onde está indicado o detalhe, à esquerda (Foto: ESO/L. Calçada & Nasa/JPL-Caltech/WISE Team)
 
Segundo os cientistas, o açúcar encontrado estava no local e na altura certos para serem incluídos na formação dos planetas desse sistema. Além disso, as moléculas se movimentavam na direção correta, caindo sobre um dos astros.

O glicoaldeído já havia sido observado anteriormente no espaço entre as estrelas, mas nunca tão perto de um corpo do tipo solar, a uma distância equivalente entre Urano e o Sol.

Segundo o principal autor do artigo, Jes Jørgensen, do Instituto Niels Bohr, na Dinamarca, essa forma de açúcar não é muito diferente da que usamos para adoçar o café, por exemplo. Moléculas assim são um dos ingredientes necessários para a formação do RNA, composto orgânico que está ligado ao DNA e é um dos elementos essenciais à vida.

Açúcar (Foto: ESO/NAOJ/NRAO/L. Calçada) 
Glicoaldeído foi descoberto ao redor de nuvem de gás e poeira de estrela. Os átomos de carbono aparecem em cinza, os de oxigênio em vermelho e os de hidrogênio em branco (Foto: ESO/NAOJ/NRAO/L. Calçada)
 
"A grande questão é: qual a complexidade que essas moléculas podem atingir antes de serem incorporadas em novos planetas? Isso pode nos dizer algo sobre como a vida aparece em outros locais, e as observações do Alma são vitais para desvendar esse mistério", diz Jørgensen.

Astrônomos descobrem sistema planetário com duas estrelas

Do G1, em São Paulo

Astrônomos anunciaram nesta terça-feira (28) a descoberta de um sistema planetário situado ao redor de duas estrelas. Foi a primeira vez que duas estrelas e dois planetas foram registrados no mesmo sistema.

Ilustração do sistema visto das proximidades de um dos planetas (Foto: NASA/JPL-Caltech/T. Pyle) 
lustração do sistema visto das proximidades de um dos planetas 
(Foto: NASA/JPL-Caltech/T. Pyle)
 
 
Em 2011, uma pesquisa já tinha mostrado pela primeira vez um planeta que orbita duas estrelas. Ele foi comparado a Tatooine, planeta fictício da série “Guerra nas Estrelas”, que também tinha essa característica.

O que é inédito na atual pesquisa, apresentada na Assembleia Geral da União Astronômica Internacional e na revista “Science”, é que o “Tatooine” em questão tem um planeta vizinho no mesmo sistema, como Marte é em relação à Terra.

O conjunto de duas estrelas é conhecido na astronomia como “estrela binária”. Essa recebeu o nome de Kepler-47, pois foi descoberta pela sonda Kepler, da Nasa. A maior das estrelas tem aproximadamente a mesma massa do Sol, enquanto a menor tem apenas um terço do tamanho.

Nenhum dos dois planetas identificados tem condições de abrigar vida. Um deles é cerca de três vezes maior que a Terra, mas fica perto demais da estrela binária e não poderia ter água em estado líquido. O outro fica na chamada zona habitável, onde as temperaturas permitiriam a existência de vida, mas é grande demais para isso – tem o tamanho aproximado de Urano, cerca de 4,6 vezes o tamanho da Terra.

Na série 'Guerra nas estrelas', Tatooine serve de lar para Luke Skywalker. (Foto: Divulgação) 
Na série 'Guerra nas Estrelas', Tatooine serve de lar para Luke Skywalker. 
(Foto: Divulgação)

Do G1, em São Paulo

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