sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Chuvas de meteoros em Outubro


Chuvas de meteoros em Outubro

Neste mês manifestam-se vários radiantes meteóricos. Dentre as chuvas mais importantes destacamos a Draconídea, a Tau-Orionídea, a Eta-Piscídea e a dos Orionídeos.

a) a Draconídea foi efetivamente detectada em 1926 por muitos astrônomos profissionais e amadores, na noite de 9 de outubro quando apresentou taxa horária de 60 meteoros. Nessa ocasião, os astrônomos estabeleceram a relação entre os draconídeos e o cometa 21P/Giacobini-Zinner, pertencente à família de Júpiter, cujo período orbital é de 6,6 anos (o mesmo dos meteoróides). Por este motivo, os meteoros são comumente chamados degiacobinídeos na literatura. Sabemos, atualmente, que os meteoróides não estão espalhados uniformemente ao longo do cinturão, mas distribuídos em acúmulos ao longo da órbita, implicando na existência de "encontros mais favoráveis" entre a Terra e o cinturão a cada 13 anos, aproximadamente (duas vezes o período do cometa 21P/Giacobini-Zinner). Assim, as taxas horárias são variáveis de ano para ano. Os draconídeos são vistos no período de 6 a 10 de outubro com uma máxima ocorrência no dia 9, ocasião onde a taxa horária pode atingir 100 meteoros. O radiante, ponto do céu de onde parecem provir os meteoros, situa-se na posição: Ascensão Reta = 17h 28min e Declinação = +54°. Em outubro, a área do radiante é vista apenas nas primeiras horas da noite (entre o anoitecer e as 21h, aproximadamente), para os lados do noroeste. Por serem observados nessas circunstâncias, os draconídeos são excepcionalmente lentos. Freqüentemente, os meteoros são amarelos. Pela posição do radiante, os habitantes do sul do Brasil podem encontrar dificuldades na observação, sendo que a chuva é melhor observada das regiões norte e nordeste.

b) a Tau-Orionídea possui radiante próximo às Três Marias, na posição: Ascensão Reta = 05h 44min e Declinação = -03°. O período de observação dos meteoros é longo, estendendo-se de 23 de setembro a 28 de outubro, com o máximo no dia 10, quando são esperados 11 meteoros por hora. No início de outubro, a área do radiante eleva-se a leste por volta das 22h 30min, permanecendo visível até o amanhecer. Atinge a região alta do céu em torno das 5h. Os tau-orionídeos são meteoros rápidos e devem ser preferencialmente observados nas altas horas da madrugada, exibindo as colorações branca e azul. A posição favorável do radiante e o valor estimado para a taxa horária tornam a chuva um bom alvo para os amadores.

c) a Eta-Piscídea manifesta-se em um longo período, de 25 de setembro a 2 de novembro, com um máximo em 13 de outubro, quando são esperados 15 meteoros por hora. São meteoros lentos e muitos possuem longas durações. Os astrônomos acreditam que há uma relação entre esta chuva e o cometa 2P/Encke, cujo período orbital é de 3,3 anos. O radiante, ponto de céu de onde parecem provir os meteoros situa-se na posição: Ascensão Reta = 01h 44min e Declinação = +14°. Em meados de outubro, o radiante está acima do horizonte leste ao anoitecer, atingindo a região alta do céu por volta das 23h e pode ser vista até às 4h, quando está para os lados do oeste.

d) a chuva dos orionídeos é anual e de grande intensidade, com média horária de 30 meteoros junto ao dia 21 de outubro, data da máxima ocorrência. O radiante, ponto do céu de onde parecerão provir os meteoros, situa-se nas proximidades da estrela Betelgeuse (Alpha Orionis), na posição: Ascensão Reta = 06h 20min e Declinação = +16º. O período de observação dos meteoros inicia-se em 2 de outubro e se estende até 7 de novembro. Alguns observadores mencionam ocorrências significativas de meteoros nos dias 22 e 20. Como há indícios que a atividade máxima se concentra em cerca de três dias, recomendamos que as observações sejam concentradas nos dias 20, 21 e 22 de outubro. Os meteoros exibem magnitudes aparentes típicas entre + 2,5 e +3,1 e mostram-se com cores variadas: amarelos, verdes e branco-azulados. Geralmente são muito rápidos e os mais brilhantes mostram traços persistentes. Os orionídeos estão associados ao cometa 1P/Halley, cujo período orbital é de cerca de 76 anos. Os astrônomos estabeleceram, também, uma relação entre os orionídeos e os eta-aquarídeos, também associados ao 1P/Halley, cujo máximo acontece em 5 de maio; as chuvas ocorrem quando a Terra cruza regiões próximas à órbita do famoso cometa. Em meados de outubro, o radiante eleva-se a leste por volta das 21h 30min e permanece visível até o amanhecer, atingindo sua altura máxima em torno das 4h. Entretanto, os orionídeos são vistos preferencialmente na alta madrugada.

resumo extraído de  "Chuvas de Meteoros - Guia Prático de Observação"
de autoria de Paulo G. Varella e Regina A. Atulim


Destaques do mês de Outubro

Destaques do mês de Outubro

 

30 de setembro a 6 de outubro:

 

Belas configurações entre o planeta Vênus e a estrela Regulus (Alpha Leonis), vistas a partir das 4h a és-nordeste (ENE). Observe a olho nu, por binóculo ou por telescópio.

 

4 a 6 de outubro - quinta-feira a sábado:

 

Belas configurações entre os planetas Mercúrio e Saturno, vistas ao anoitecer a oeste (O), com os dois astros muito próximos ao horizonte. Observe por binóculo.

 

9 a 11 de outubro - terça a quinta-feira:

 

Observe o planeta Marte junto às estrelas que formam a cabeça de Scorpius (o Escorpião), ao anoitecer a oés-sudoeste (OSO). Observe a olho nu ou por binóculo.

 

30 de outubro a 10 de novembro:

 

Observe o planeta Mercúrio junto às estrelas que formam a cabeça de Scorpius (o Escorpião), ao anoitecer a oés-sudoeste (OSO), com os astros próximos ao horizonte. Observe por binóculo.

 

 

 

1 de outubro - segunda-feira:

 

Bela configuração entre o planeta Mercúrio e a estrela Spica (Alpha Virginis) vista ao anoitecer a oeste (O), por pouco tempo, com os dois astros muito próximos ao horizonte. Observe por binóculo.

 

1 de outubro - segunda-feira:

 

Observe a Lua junto às estrelas Hamal, Sheratan e Mesartim (Alpha, Beta e Gamma Arietis, respectivamente), que formam a parte principal da constelação de Aries (o Carneiro), a partir das 20h 30min a és-nordeste (ENE). Observe a olho nu ou por binóculo.

 

3 de outubro - quarta-feira:

 

Bela configuração entre a Lua e o aglomerado estelar aberto das Plêiades (M 45), situado na constelação de Taurus (o Touro), vista a partir das 22h a és-nordeste (ENE). Veja a olho nu ou por binóculo.

 

4 de outubro - quinta-feira:

 

Bela configuração entre a Lua e o aglomerado estelar aberto das Híades, situado na constelação de Taurus (o Touro), vista a partir das 22h 25min a és-nordeste (ENE). A partir das 23h Júpiter junta-se à configuração, formando um belo triângulo praticamente equilátero com a Lua e a estrela Aldebaran (Alpha Tauri), situada à direita da Lua. Veja a olho nu ou por binóculo.

 

5 de outubro - sexta-feira:

 

Bela configuração entre a Lua e o planeta Júpiter, vista a és-nordeste (ENE) a partir das 23h 10min. Observe a olho nu ou por binóculo.

 

9 de outubro - terça-feira:

 

Máxima atividade da chuva de meteoros  Draconídea.

 

10 de outubro - quarta-feira:

 

Máxima atividade da chuva de meteoros  Tau-Orionídea.

 

12 de outubro - sexta-feira:

 

Bela configuração entre a Lua, a estrela Regulus (Alpha Leonis), situada à esquerda da Lua, e o planeta Vênus, logo abaixo da Lua, vista a partir das 4h a és-nordeste (ENE). Veja a olho nu ou por binóculo.

 

13 de outubro - sábado:

 

Máxima atividade da chuva de meteoros  Eta-Piscídea.

 

16 de outubro - terça-feira:

 

Bela configuração entre a Lua, o planeta Mercúrio e a estrela Zubenelgenub (Alpha Libræ) vista ao anoitecer, por pouco tempo a oeste (O), com os astros próximos ao horizonte. Observe a olho nu ou por binóculo.

 

18 de outubro - quinta-feira:

 

Bela configuração entre a Lua, o planeta Marte (à esquerda e abaixo da Lua) e a estrela Antares (Alpha scorpii), à esquerda dos dois astros, vista ao anoitecer a oés-sudoeste (OSO). Observe a olho nu ou por binóculo.

 

20 de outubro - sábado:

 

Bela configuração entre o planeta Marte e a estrela Antares (Alpha Scorpii), vista ao anoitecer a oeste (O), à meia-altura em relação ao horizonte. Ares e Antares juntos no céu. Observe a olho nu ou por binóculo.

 

21 de outubro - domingo:

 

Máxima atividade da chuva de meteoros  Orionídea (ou Oriônida).

 

21 de outubro - domingo:

 

Bela configuração entre o planeta Marte e a estrela Antares (Alpha Scorpii), vista ao anoitecer a oeste (O), à meia-altura em relação ao horizonte. Ares e Antares juntos no céu. Observe a olho nu ou por binóculo.

 

25 de outubro - quinta-feira:

 

Conjunção do planeta Saturno (com o Sol). Neste dia, os dois astros nascem e se põem praticamente juntos.

 

26 de outubro - sexta-feira:

 

Elongação máxima leste de Mercúrio (vista ao anoitecer). Neste dia, o planeta se encontra a 24º a leste do Sol. É a melhor época para se observar o "Mensageiro dos Deuses" no período. Observe a olho nu, por binóculo ou por telescópio.

 

31 de outubro - quarta-feira:

 

Observe a Lua na constelação de Taurus (o Touro), entre seus dois aglomerados estelares abertos: Plêiades (M 45), situado à esquerda da Lua, e Híades, à direita da Lua, a partir das 20h 40min a és-nordeste (ENE). Veja a olho nu ou por binóculo.

 

 

1 de novembro - quinta-feira:

 

Conjunção da Lua e o planeta Júpiter, vista a és-nordeste (ENE) a partir das 21h 15min. Observe a olho nu, por binóculo ou por telescópio. IMPERDÍVEL !!!

 


FONTE:  Observatório Céu Austral

 

Visibilidade dos planetas em Outubro

Visibilidade dos planetas em Outubro

 

OBS: posições para a cidade de São Paulo/SP - Brasil


 

MERCÚRIO

 

visibilidade - no início do mês é visto ao anoitecer a oeste (O), próximo ao horizonte; em meados e no final de outubro é observado ao anoitecer a oés-sudoeste (OSO), próximo ao horizonte.

movimentação - em Virgo (a Virgem) até o dia 11; em Libra (a Balança) até o dia 28; em Scorpius (o Escorpião) até o final do mês.

brilho - apresenta uma diminuição, com sua magnitude aparente variando de m = - 0,4 (dia 1) a m = - 0,1 (dia 31); em 15 de outubro, m = - 0,2.

condições de observação  regulares ao longo do período.

coloração - branca.


VÊNUS

 

visibilidade  no início do mês é visto a partir das 4h a és-nordeste (ENE); em meados e no final do período é observado a partir das 4h a leste (E).

movimentação - em Leo (o Leão) até o dia 23; em Virgo (a Virgem) até o final do mês.

brilho - apresenta uma pequena diminuição, com sua magnitude aparente variando de m = - 4,1 (dia 1) a m = - 4,0 (dia 31).

condições de observação - excelentes no início do mês; boas em meados e no final do período.

coloração - levemente azulada.


MARTE

 

visibilidade  visível ao anoitecer, à meia-altura a oeste (O) no início do mês e oés-sudoeste (OSO) em meados e no final de outubro.

movimentação - em Libra (a Balança) até o dia 5; em Scorpius (o Escorpião) até o dia 17; em Ophiuchus (o Serpentário) até o final do mês.

brilho - apresenta-se estável, com magnitude aparente m = + 1,2.

condições de observação - excelentes no início do mês; boas em meados e no final do período.

coloração - avermelhada.


JÚPITER

 

visibilidade - observado a és-nordeste (ENE), a partir das 23h 30min no início do mês, a partir das 22h 20min em meados de outubro e a partir das 21h 20min no final do período.

movimentação - em Taurus (o Touro).

brilho  apresenta um pequeno aumento, com sua magnitude aparente variando de m = - 2,5 (dia 1) a m = - 2,7 (dia 31).

condições de observação - excelentes ao longo de todo o período.

coloração - branca.


SATURNO

 

visibilidade - visível ao anoitecer, próximo ao horizonte oeste (O); a partir do dia 12 torna-se um astro de difícil observação por sua aparente proximidade ao Sol.

movimentação - em Virgo (a Virgem).

brilho – magnitude aparente m = + 0,7 (início do mês).

condições de observação - ruins, no começo do mês.

coloração - amarelada.


URANO

 

atenção - astro observável, preferencialmente, por meio de instrumentos ópticos, com diâmetros superiores a 50mm.

visibilidade - no início do mês é visto ao anoitecer a leste (E), próximo ao horizonte; em meados de outubro é observado ao anoitecer, próximo ao horizonte és-nordeste (ENE); no final do período é visto a és-nordeste (ENE), à meia-altura.

movimentação - em Pisces (os Peixes).

brilho - estável, com magnitude aparente m = + 5,7.

condições de observação - excelentes, ao longo de todo o mês.

coloração - levemente esverdeada.


NETUNO

 

atenção - astro visto por meio de instrumentos ópticos. Recomenda-se, para uma melhor observação, que o diâmetro do telescópio seja superior a 110mm.

visibilidade - no início do mês é visto ao anoitecer a leste (E), à meia-altura; em meados de outubro é observado ao anoitecer, à meia-altura a és-nordeste (ENE); no final do período é visto a nordeste (NE), alto no céu.

movimentação - em Aquarius (o Aquário), nas proximidades de Iota Aquarii (m = + 4,4)

brilho - estável, com magnitude aparente m = + 7,9.

condições de observação - excelentes ao longo de todo o mês.

coloração - levemente azulada.

 


FONTE: Observatório Céu Austral

 

 

 

 

Principais constelações de Outubro - roteiro de observação


Principais constelações de Outubro

roteiro de observação

O céu, este mês, mostra-se característico da estação da primavera, simbolizada no firmamento pela constelação de Pegasus (o Cavalo Alado - Peg). Entretanto, iniciaremos nossa observação com a a constelação de Scorpius (o Escorpião -Sco), símbolo do inverno, que se encontra próxima ao horizonte oés-sudoeste. Junto à cauda de Scorpius situa-se Sagittarius (o Sagitário - Sgr). Na direção dessa constelação é que está o centro de nossa galáxia. Próxima ao horizonte sudoeste localiza-se a constelação de Lupus (o Lobo - Lup).
Ao sul de Scorpius vemos Ara (o Altar - Ara), Apus (a Ave do Paraíso - Aps), Norma (o Esquadro - Nor) e Octans (o Oitante - Oct), onde se encontra a estrela polar do sul. A constelação de Triangulum Australe (o Triângulo Austral - TrA), utilizada para processos noturnos de orientação no campo, encontra-se para os lados do sul-sudoeste. Nessa direção vemos, também, as últimas estrelas de Centaurus (o Centauro - Cen). Ao sul, altas no céu, observamos Pavo (o Pavão -Pav) e Tucana (o Tucano - Tuc).
Junto ao horizonte oeste estão Ophiuchus (o Serpentário - Oph) e parte de Serpens (a Serpente - Ser). Dominando o quadrante noroeste, próxima ao horizonte, está a constelação de Lyra (a Lira - Lyr). A nor-noroeste encontra-se Cygnus (o Cisne - Cyg), que situa-se em plena faixa da Via Lactea. Ao sul de Lyra e Cygnus estão Aquila (a Águia - Aql), Sagitta (a Flecha - Sge) e Delphinus (o Golfinho - Del). Entre Aquila e Cygnus situa-se a pequena constelação de Vulpecula (a Raposinha - Vul).
Capricornus (o Capricórnio - Cap) encontra-se na região mais alta do céu, para os lados do oeste. A sudeste de Capricornus vemos o característico desenho de um número 1: é a parte principal da constelação de Grus (a Grou - Gru). A leste de Capricornus avistamos a constelação de Piscis Austrinus (o Peixe Austral - PsA).
À meia altura, para os lados do sudeste, notamos as constelações de Phœnix (a Fênix - Phe), Hydrus (a Hidra Macho -Hyi) e as estrelas de Eridanus (o rio Eridano - Eri). Do alto do firmamento em direção ao leste vemos as constelações de Aquarius (o Aquário - Aqr), Pisces (os Peixes - Psc), formadas por estrelas de fraco brilho, e Cetus (a Baleia - Cet).
Para os lados do nordeste, próxima ao horizonte, eleva-se Aries (o Carneiro - Ari). Junto a Aries está a pequenina constelação de Triangulum (o Triângulo - Tri). A nordeste, alta no céu, notamos Pegasus (o Cavalo Alado - Peg), constelação associada às noites amenas da primavera. Andromeda (a Princesa Andromeda - And), eleva-se, também, a nordeste.

resumo extraído de  "Estrelas e Constelações - Guia Prático de Observação"
de autoria de Paulo G. Varella e Regina A. Atulim

OBSERVAÇÕES:
marcador
O mapa assinala o aspecto do céu visto ao longo deste mês, nos seguintes horários: início do mês às 21h 20min; meio do mês às 20h 40min; final do mês às 20h 00min. Junto ao círculo que delimita o mapa (e que representa o horizonte do observador) estão as direções dos quatro pontos cardeais e dos quatro colaterais, que devem estar orientados para os seus correspondentes na natureza; o centro do círculo é o Zênite, ponto do céu diretamente acima da cabeça do observador.
marcador
Os instantes fornecidos são para o fuso horário de Brasília.

mapa com as principais constelações visíveis neste mês
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Formas de vida extremas podrían sobrevivir en exoplanetas con órbitas excéntricas - Cosmo Noticias

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Formas de vida extremas podrían sobrevivir en exoplanetas con órbitas excéntricas

 

Un hipotético exoplaneta habitable (izquierda), parte de cuya órbita excéntrica se encuentra dentro de la zona habitable (verde). Crédito: NASA/JPL-Caltech.

Los astrónomos han descubierto una verdadera colección de planetas errantes; desde mundos abrasadores con superficies fundidas a glaciales esferas de hielo.

Y mientras la búsqueda  del escurridizo "punto azul" –un planeta con aproximadamente las mismas características que la Tierra- continúa, las nuevas investigaciones revelan que la vida podría ser capaz de sobrevivir en algunas de las muchas rarezas exoplanetarias que existen.

"Cuando hablamos de un planeta habitable, nos referimos a un mundo donde pueda existir el agua líquida", dijo Stephen Kane, científico del Instituto de Ciencias Exoplanetarias de la NASA en el Instituto de Tecnología de California en Pasadena. "Un planeta necesita estar a la distancia adecuada de su estrella; ni demasiado caliente ni demasiado frío". Determinado por el tamaño y la temperatura de la estrella, a este rango de temperatura se conoce frecuentemente como la "zona habitable" alrededor de una estrella.

Kane y su colega Dawn Gelino, también del Instituto de Ciencias Exoplanetarias, han creado una herramienta llamada "Galería de Zonas Habitables" que calcula el tamaño y la distancia de la zona habitable para cada sistema exoplanetario descubierto y muestra qué exoplanetas orbitan en esta región conocida también como "zona Ricitos de Oro". Se puede acceder a la La "Galería de Zonas Habitables" a través de www.hzgallery.org. El estudio que describe la investigación se ha publicado en la revista Astrobiology.

Pero no todos los exoplanetas tienen órbitas similares a la de la Tierra que permanezcan a distancias constantes de sus estrellas. Una de las inesperadas revelaciones de la búsqueda planetaria ha sido que muchos planetas viajan en órbitas muy alargadas y excéntricas cuya distancia varía mucho de sus estrellas.

"Planetas como estos podrían permanecer, aunque no todo el tiempo, en la zona habitable", dijo Kane. "Podrías tener un mundo que se calienta durante breves periodos de tiempo entre largos y fríos inviernos, o puedes tener breves máximos de condiciones de calor extremo".

Aunque planetas como estos serían muy diferentes de la Tierra, no tiene por qué impedirles tener la capacidad de albergar vida extraterrestre. "Los científicos han encontrado en la Tierra formas de vida microscópica que pueden sobrevivir a todo tipo de condiciones extremas", dijo Kane. "Algunos organismos pueden básicamente disminuir su metabolismo a cero para sobrevivir a largos periodos de tiempo en condiciones de frío. Sabemos que otros pueden soportar condiciones de calor muy extremo si tienen una capa protectora de roca o agua. Incluso ha habido estudios con esporas, bacterias y líquenes terrestres, que demuestran que pueden sobrevivir en ambos ambientes duros de la Tierra y en las condiciones extremas del espacio".

La investigación de Kane y Gelino sugiere que la zona habitable alrededor de las estrellas puede ser mayor de lo que se pensaba, y que los planetas que pudieran ser hostiles para la vida humana podrían ser lugares perfectos que los extremófilos, como líquenes y bacterias, sobrevivan. "La vida evolucionó en la Tierra en una etapa muy temprana en el desarrollo del planeta, bajo condiciones mucho más duras que las actuales", dijo Kane.

Kane explicó que muchos mundos de los que alberguen vida pueden no ser planetas después de todo, sino lunas de planetas gigantes gaseosos más grandes, como Júpiter en el Sistema Solar. "Hay muchos planetas gigantes allí fuera, y si son como los planetas gigantes del Sistema Solar todos pueden tener lunas", dijo Kane. "Una luna de un planeta que permanece o pasa algo de tiempo en una zona habitable puede ser habitable por sí misma".

Como ejemplo, Kane mencionó a Titán, la luna más grande de Saturno, que, a pesar de su densa atmósfera, está demasiado lejos del Sol y es demasiado fría para que exista vida como la conocemos en su superficie. "Si movieras a Titán más cerca del Sol, tendría una gran cantidad de vapor de agua y condiciones muy favorables para la vida".

Kane señala rápidamente que hay límites sobre lo que los científicos pueden actualmente determinar sobre la habitabilidad de los exoplanetas ya descubiertos. "Es difícil conocer realmente un planeta cuando no sabes nada sobre su atmósfera", dijo. Por ejemplo, tanto la Tierra como Venus experimentan "efecto invernadero" atmosférico, pero ese efecto desbocado en Venus lo convierte en el lugar más caliente del Sistema Solar. "Sin análogos en nuestro propio sistema solar, es difícil saber con precisión cómo sería una luna habitable o un planeta con una órbita excéntrica".

Sin embargo, la investigación sugiere que la habitabilidad podría existir de muchas formas en nuestra galaxia, no sólo en los planetas similares al nuestro. Kane y Gelino están trabajando para determinar qué exoplanetas de los ya descubiertos pueden ser candidatos a albergar vida extremófila o lunas habitables. "Se están descubriendo muchos planetas gaseosos gigantes con órbitas excéntricas", dijo Kane. "Podríamos encontrar sorpresas ahí fuera cuando empecemos a determinar con exactitud lo que consideramos habitable".

Fuente: JPL


El GTC ofrece nuevos datos del cúmulo de Sigma Orionis - Cosmo Noticias

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El GTC ofrece nuevos datos del cúmulo de Sigma Orionis

 

Las observaciones del GTC han permitido descubrir características desconocidas hasta ahora de estrellas y enanas marrones en el cúmulo estelar de Sigma Orionis. Los datos son de gran calidad a pesar de que algunos registros se tomaron en condiciones meteorológicas no óptimas.

Oeste del Cinturón de Orión, con Sigma Orionis (estrella brillante azulada arriba en el centro). Crédito: Raúl Alcaraz Gómez, Mollet del Vallès, Barcelona & "AstronomíA".

Miembros de la colaboración Consolider-Gran Telescopio Canarias (GTC) han logrado confirmar datos relacionados con las características de diez estrellas de baja masa y enanas marrones gracias a observaciones llevadas a cabo con el instrumento OSIRIS del GTC.

El instrumento obtuvo espectros de baja resolución de estos objetos en el joven cúmulo estelar abierto de Sigma Orionis, cercano a la famosa Nebulosa de la Cabeza de Caballo. Los datos se obtuvieron en diferentes noches de observación durante el mes de marzo de 2012.

En concreto, el trabajo desvela información detallada de siete objetos, como su clasificación espectral o la intensidad de las líneas de litio en absorción, y de hidrógeno y calcio en emisión. El tipo espectral es un indicador de temperatura y masa, mientras que las líneas espectrales son marcadores de juventud extrema y de acreción (caída violenta de material sobre la superficie de la estrella desde un disco que la rodea).

El objetivo de este programa era aprovechar las noches en las que las condiciones no son óptimas para otros programas de observación (como el denominado "seeing" alto o presencia de nubes densas). Se obtuvieron espectros de gran calidad de fuentes variables sin clasificación conocida que fueran relativamente brillantes para un telescopio de tipo 10 metros. Algunos de los espectros obtenidos durante una de las noches de observación fueron captados mientras el resto de telescopios de La Palma no estaban operativos.

Interés por la enana marrón Mayrit

Todas las estrellas y enanas marrones cumplían un requisito: que fueran objetos variables conocidos en el óptico o en rayos X. Algunos de los objetos caracterizados han resultado ser de gran interés para los astrófísicos, como la enana marrón Mayrit 1196092, que posee características que hasta hace poco se creían exclusivas de cierto tipo de estrellas jóvenes y activas llamadas T Tauri.

Este estudio forma parte de dos proyectos: uno es el estudio espectroscópico con OSIRIS/GTC de fuentes variables poco conocidas, y el otro es el proyecto Mayrit, cuyo objetivo es catalogar en detalle todos los cuerpos pertenecientes al cúmulo Sigma Orionis, un auténtico laboratorio de formación estelar.

Todas las estrellas y enanas marrones de este catálogo tienen el nombre Mayrit y un número que indica su posición en el cúmulo. Mayrit es la palabra que evolucionó para dar luego nombre a la ciudad de Madrid.

Pese a los numerosos trabajos llevados a cabo con anterioridad –muchos de ellos realizados por astrónomos españoles–, aún hay docenas de estrellas de baja masa y enanas marrones en Sigma Orionis sin una caracterización espectroscópica detallada. Algunas de ellas pueden incluso estar acretando material o tener discos aún no detectados, discos en los que quizá se estén formando planetas.

Fuente: SINC


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