quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Cientistas estimam a quantidade de luz emitida por estrelas no Universo

Cálculo foi feito a partir de dados de raios gama obtidos pela Nasa.
Estudo foi publicado pela revista 'Science'.

Do G1, em São Paulo
 
Cientistas conseguiram estimar com precisão inédita a soma de toda a luz já produzida pelas estrelas no Universo. O cálculo foi feito com base em dados obtidos pelo Telescópio Espacial Fermi, que detecta raios gama.

Os raios gama são a forma mais energética de luz que o ser humano conhece. Desde 2008, quando a Nasa lançou o Fermi, esse telescópio observa os céus em busca desses raios, o que levou à criação de um mapa detalhado desse tipo de energia.

Mapa usado pelos astrônomos na medição dos raios gama; os pontos verdes são os blazares (Foto: NASA/DOE/Fermi LAT Collaboration) 
Mapa usado pelos astrônomos na medição dos raios gama; os pontos verdes são os blazares (Foto: NASA/DOE/Fermi LAT Collaboration)
 
“A luz ótica e a ultravioleta das estrelas continua viajando pelo Universo mesmo depois que as estrelas param de brilhar, e isso cria um campo de radiação fóssil que podemos explorar usando raios gama de fontes distantes”, explicou o autor Marco Ajello.

Ajello, da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, liderou o estudo publicado nesta quinta-feira (1º) pela revista “Science”.

O cálculo foi feito a partir de um tipo de galáxia conhecido como blazar, cuja energia é proveniente de um buraco negro. Essas galáxias emitem raios gama, mas esses raios interagem com a luz das estrelas e se perdem, em um processo que os cientistas comparam a uma “neblina cósmica”.

Os pesquisadores observaram então o fenômeno em pontos mais próximos à Terra, e conseguiram determinar quantos raios seriam emitidos em diferentes quantidades de energia. A partir daí, eles analisaram a energia de vários blazares e conseguiram medir a espessura da “neblina”, que representa a quantidade de luz produzida pelas estrelas.

Astrônomos encontram supernovas dos primórdios do Universo

Fenômenos são até cem vezes mais brilhantes que as supernovas comuns.
Explosões ocorreram há mais de 10 bilhões de anos.

Do G1, em São Paulo

Simulação de uma supernova 'superluminosa' no ambiente dos primórdios do Universo (Foto: Adrian Malec e Marie Martig/Swinburne University) 
Simulação de uma supernova 'superluminosa' (à esquerda) no ambiente dos primórdios do Universo (Foto: Adrian Malec e Marie Martig/Swinburne University)
 
Uma equipe internacional de cientistas anunciou nesta quarta-feira (31) a descoberta do que podem ser as supernovas mais distantes já encontradas. Uma supernova é a explosão de uma estrela, que ocorre no fim da vida desse astro.

As duas supernovas encontradas pela equipe liderada por Jeff Cooke, da Universidade Swinburne de Tecnologia, em Hawthorn, na Austrália, foram chamadas de “superluminosas”. Elas são entre dez e cem vezes mais brilhantes que os tipos mais comuns de supernovas.

Por serem muito distantes, os fenômenos descritos na revista científica “Nature” são também muito antigos. As explosões ocorreram há mais de 10 bilhões de anos, portanto até 3 bilhões de anos depois do Big Bang, explosão que deu início ao desenvolvimento do Universo, segundo a teoria vigente.

Os cientistas ainda não sabem explicar exatamente a origem das supernovas detectadas, mas acreditam que seja o resultado da explosão de estrelas muito massivas, causada por reações ocorridas dentro de átomos.

'Caçadores' de meteoritos acham objeto de 300 kg no oeste da Polônia

Fragmento de metal tem forma de cone e foi achado no dia 25 de outubro.
Cientistas acreditam que meteorito tenha caído sobre a Terra há 5 mil anos.

Da AFP

Geólogos poloneses encontraram o maior meteorito já descoberto no Leste Europeu, com 300 quilos e o formato de um cone. O objeto foi detectado no dia 25 de outubro, a dois metros de profundidade, e o anúncio foi feito na quarta-feira (31).

Os cientistas que examinaram o meteorito na Universidade de Poznan, no oeste da Polônia, acreditam que ele caiu sobre a Terra há 5 mil anos e é composto principalmente de ferro, com rastros de níquel. A expectativa dos pesquisadores é que esse fragmento ajude a entender a composição da camada interna da superfície do nosso planeta.

Meteoro (Foto: Jakub Kaczmarczyk/PAP/AFP) 
Jornalistas fotografam o maior meteoro já achado na Polônia, em Poznan
 (Foto: Jakub Kaczmarczyk/PAP/AFP)
 
"Sabemos que o córtex terrestre é composto por ferro, mas não podemos estudá-lo. Aqui temos um 'convidado' do espaço exterior que é similar em sua estrutura, e podemos examiná-lo facilmente", declarou o professor Andrzej Miszynski em Poznan, onde a descoberta foi divulgada.

O exame do meteorito "pode ampliar os conhecimentos sobre a origem do Universo", declarou o professor Mizynski, citado pela agência polonesa PAP.

Dois geólogos "caçadores" de meteoritos, Magdalena Skirzewska e Lukasz Smula, usaram um detector eletromagnético para encontrar o objeto na reserva de meteoritos de Morasko, ao norte da cidade de Poznan. Segudo Miszynski, "trata-se da descoberta mais importante do tipo nessa parte da Europa".

Até agora, cerca de 1.500 quilos de meteoritos menores foram encontrados na reserva de Morasko, criada em 1976 – mas desde 1914 já haviam sido achados objetos desse tipo no local.

O até então maior meteorito da Polônia pesa 164 kg e foi encontrado em 2006, na mesma reserva. O maior objeto do mundo, chamado Hoba e localizado na Namíbia, África, pesa mais de 60 toneladas.

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