segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Sonda da Nasa encontra evidências de antigo lago subterrâneo em Marte

Características geológicas em cratera foram captadas pela sonda MRO.
Observações sugerem formação de carbonatos e argila, informou a Nasa.

Do G1, com agências internacionais*

Uma sonda da Agência espacial americana (Nasa) que orbita Marte encontrou evidências da existência de um antigo lago de cratera alimentado por águas subterrâneas, o que respalda as teorias de que o planeta vermelho pode ter abrigado vida, de acordo com informações publicadas neste domingo (20) na revista "Nature Geoscience".

Informações da sonda espacial Mars Reconnaissance Orbiter (MRO) mostram vestígios de carbonato e minerais de argila, geralmente formados na presença de água, na parte inferior da cratera McLaughlin, a 2,2 quilômetros de profundidade.

"Estas novas observações sugerem a formação de carbonatos e argila em um lago alimentado por águas subterrâneas na bacia fechada da cratera", informou a Nasa.

Segundo o comunicado da Nasa, "algumas pesquisas propõem que o interior da cratera captura água" e que "na zona subterrânea podem ter existido ambientes úmidos e potenciais habitats". "A cratera carece de canais de grande afluência, por isso, o lago era provavelmente alimentado por águas subterrâneas", disseram os cientistas.


As setas apontam para camadas de argila e carbonato em área que pode ter sido lago em Marte (Foto: NASA/JPL-Caltech/Univ. of Arizona) 
As setas apontam para camadas de minerais de argila e carbonato em áreas que podem ter abrigado lago em Marte (Foto: NASA/JPL-Caltech/Univ. of Arizona)
 

Terra 'foi atingida por explosão de raios gama na Idade Média'

Da BBC

Explosão teria sido resultado da fusão de dois buracos negros ou estrelas de nêutrons em nossa galáxia (Foto: Nasa/BBC) 
Explosão teria sido resultado da fusão de dois
buracos negros ou estrelas de nêutrons em nossa
galáxia (Foto: Nasa/BBC)
Uma explosão de raios gama, a mais poderosa explosão conhecida no Universo, pode ter atingido a Terra no século 8. Em 2012, pesquisadores encontraram evidências de que o nosso planeta foi atingido por uma súbita onda de radiação durante a Idade Média, mas ainda não havia clareza sobre que tipo de evento cósmico pudesse ter sido sua causa.

Agora, um estudo sugere que a explosão teria sido resultado da fusão de dois buracos negros ou estrelas de nêutrons em nossa galáxia. Esta colisão teria gerado e arremessado para fora uma grande quantidade de energia. A pesquisa foi publicada no "Monthly Notices of the Royal Astronomical Society".

'Totalmente consistente'
No ano passado, uma equipe de pesquisadores constatou a presença em nível incomum de um tipo de carbono radioativo - conhecido como carbono-14 - em algumas antigas árvores de cedro-do-japão.

Na Antártica, também, houve um aumento nos níveis de uma forma de berílio - berílio-10 - no gelo. Estes isótopos são criados quando uma radiação intensa atinge os átomos na atmosfera superior, o que sugere que uma explosão de energia havia atingido o nosso planeta.

Usando dados recolhidos nas árvores e no gelo, os pesquisadores foram capazes de identificar que este evento teria ocorrido entre os anos 774 e 775 d.C., mas que sua causa era desconhecida.

A possibilidade de uma supernova - explosão de uma estrela - foi considerada, mas descartada em seguida porque os rastros de um evento como esse ainda seriam visíveis hoje por telescópio.

Outra equipe de físicos americanos recentemente publicou um artigo sugerindo que uma explosão solar extraordinariamente grande poderia ter causado a emissão de energia. No entanto, outros membros da comunidade científica acharam pouco provável que explosões solares fossem capazes de gerar os níveis de carbono 14 e berílio-10 encontrados nas árvores e no gelo.

Agora, pesquisadores alemães ofereceram outra explicação: uma enorme explosão que teria ocorrido dentro da Via Láctea. Um dos autores do estudo, o professor Ralph Neuhauser, do Instituto de Astrofísica da Universidade de Jena, disse: "Nós observamos os espectros de curtas explosões de raios gama para estimar se seriam consistentes com a taxa de produção de carbono-14 e berílio-10 - e [achamos] que é totalmente consistente".

Cientistas divergem sobre origem de raios gama que atingiram a terra na Idade Média (Foto: Nasa/BBC) 
Cientistas divergem sobre origem de raios gama que
atingiram a terra na Idade Média (Foto: Nasa/BBC)
Alguns segundos
Estas emissões enormes de energia ocorrem quando os buracos negros, estrelas de nêutrons ou anãs brancas (estrelas na fase final de suas vidas, prestes a explodir) colidem - as fusões galácticas levam apenas alguns segundos, mas enviam uma vasta onda de radiação.

Neuhauser disse: "Explosões de raios gama são eventos muito, muito explosivos e enérgicos. Então usamos a quantidade de energia encontrada (na Terra) para estimar a distância do evento". "Nossa conclusão foi de que era de 3.000 a 12.000 anos-luz de distância - e isso está dentro de nossa galáxia". Embora o evento soe dramático, nossos antepassados medievais podem mal tê-lo notado.

Uma explosão de raios gama ocorrida nesta distância teria sido absorvida pela nossa atmosfera, deixando apenas um traço nos isótopos que eventualmente passaram pelo filtro da atmosfera e chegaram às árvores e ao gelo. Os pesquisadores não acham que foi emitida qualquer luz visível.

Eventos raros
Observações do espaço sugerem que explosões de raios gama são raras. Elas ocorrem no máximo a cada 10 mil anos e pelo menos uma vez em um milhão de anos em uma galáxia. O professor Neuhauser disse ser improvável que o planeta Terra fosse atingido por outro fenômeno do tipo, mas, caso isso ocorra, deverá ter mais impacto.

Se uma explosão cósmica ocorrer na mesma distância que o evento do século 8, poderia derrubar nossos satélites. Mas se ocorrer ainda mais perto - a apenas algumas centenas de anos-luz de distância - poderia destruir a camada de ozônio, com efeitos devastadores para a vida na Terra. No entanto, esta hipótese, disse o professor Neuhauser, é "extremamente improvável".

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