sábado, 26 de janeiro de 2013

Erupção solar pode provocar tempestade geomagnética na Terra

Partículas viajam a 600 km/s rumo ao nosso planeta, informou a Nasa.
Fenômeno, porém, não deve afetar sistemas elétricos, GPS nem satélites.

Da EFE

O Observatório de Relações Terrestres (Stereo), da agência espacial americana (Nasa), detectou uma erupção solar que viaja rumo à Terra a 600 km/s e pode causar uma tempestade geomagnética, informou a Nasa na quinta-feira (24).

O Stereo, enviado ao espaço em 2006 para estudar como o fluxo de energia e a matéria do Sol interferem na Terra, detectou a explosão na quarta, junto com o Observatório Heliosférico e Solar (Soho).

Erupção solar pode provocar tempestade geomagnética na Terra, segundo a Nasa (Foto: ESA/Nasa/Soho) 
 Sol é bloqueado por 'disco' na imagem acima para dar uma melhor noção da atmosfera da estrela, chamada coroa, e das erupções nela. Ejeções de massa foram vistas nesta quarta-feira (23) 
(Foto: ESA/Nasa/Soho)
 
Esse fenômeno pode enviar partículas solares e alcançar a Terra até três dias depois, provocando uma "tempestade geomagnética" que pode afetar as redes elétricas e os sistemas de telecomunicações.

A Nasa explicou que, no passado, outras ejeções solares com essa velocidade não causaram tempestades geomagnéticas "substanciais", mas deixaram sua marca com auroras visíveis nos polos.

Desta vez, segundo a agência, parece "pouco provável" que a tempestade atinja os sistemas elétricos na Terra ou cause interferências nos aparelhos de GPS ou nos satélites de comunicações. No entanto, a Nasa aguarda informações do Centro de Meteorologia Espacial da Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera (NOAA) dos EUA.

O telescópio da Nasa High Resolution Coronal Imager (Hi-C), lançado no ano passado para estudar a coroa do Sol, sua parte mais externa, acaba de descobrir como a principal estrela d nosso sistema acumula e libera energia.

O Hi-C foi capaz de captar fios de plasma magnéticos nas camadas exteriores do Sol, o que representa a primeira evidência clara da transferência de energia do campo magnético solar par sua coroa, algo que até agora era apenas teoria.

Essas observações ajudarão os cientistas a elaborar melhores prognósticos sobre clima espacial, já que a evolução do campo magnético na atmosfera solar impulsiona todas as erupções solares, que podem causar essas tempestades.

Sondas europeias voltarão à Terra com dados de Big Bang, Marte e clima

2013 deve render 'frutos extraordinários' sobre o espaço, diz diretor da ESA.
No 2º semestre, serão lançados mais 4 satélites para concorrer com GPS.

Da AFP

Sondas europeias devem voltar à Terra este ano com um "tesouro" de dados sobre o Big Bang, água em Marte e mudanças climáticas, afirmou na quinta-feira (24) o diretor da Agência Espacial Europeia (ESA), Jean-Jacques Dordain.

"O ano de 2013 renderá frutos extraordinários (de conhecimento sobre o espaço)", antecipou Dordain em entrevista coletiva.

No dia 22 de fevereiro, os cientistas devem trazer de volta a missão Umidade dos Solos e Salinidade dos Oceanos (SMOS), por meio da qual um satélite lançado em 2009 tem mapeado a superfície e os oceanos da Terra em busca de alterações vinculadas às mudanças climáticas.

Satélites europeus do programa Galileo devem ser lançados no 2º semestre para concorrer com sistema GPS (Foto: ESA/P. Carril/Divulgação) 
Mais 4 satélites Galileo serão lançados para concorrer com sistema GPS 
(Foto: ESA/P. Carril/Divulgação)
 
Em 21 de março, astrofísicos devem divulgar o primeiro mapa completo do céu do Fundo Cósmico de Micro-ondas (CMB), corrente antiga de radiação que data da criação do Universo, há 13,7 bilhões de anos. O mapa foi gerado pela sonda Planck, lançada em maio de 2009.

Em junho, segundo Dordain, especialistas da ESA pretendem liberar um "mapa mineralógico" completo de Marte, montado a partir de dados de sensoreamento remoto, fornecido pela sonda Mars Express, que este ano marca seu 10º aniversário de operações.

Com indícios de existência de água no passado, o mapa ajudará a selecionar os locais para uma ambiciosa missão científica russo-europeia, a ExoMars, que envolve um orbitador que será lançado em 2016 e um veículo-robô, em 2018.

Em 29 de dezembro, a Mars Express fará seu sobrevoo mais próximo da lua marciana Fobos, passando a menos de 50 km de sua superfície.

Além disso, ainda este ano o observatório europeu Herschel, lançado em 2009, deve fornecer um mapa completo da superfície da Via Láctea, possibilitando que os astrônomos saibam onde as estrelas estão surgindo na nossa galáxia.

Para o segundo semestre de 2013, também está previsto o lançamento do telescópio de astrometria espacial Gaia, que vai examinar 1 bilhão de estrelas para produzir o maior mapa tridimensional da Via Láctea já feito até agora.

A ESA anunciou, ainda, que prosseguirá com o lançamento previsto dos primeiros satélites operacionais do programa Galileu, concorrente europeu do americano Sistema de Posicionamento Global (GPS) de navegação por satélite.

No segundo semestre, quatro satélites serão lançados em pares por dois foguetes Soyuz, da base da ESA em Kourou, na Guiana Francesa. Outros quatro satélites de teste já estão em órbita. Ao todo, o sistema Galileu deverá ter 27 satélites e três reservas.

O orçamento da ESA para 2013 é de US$ 5,6 bilhões (R$ 11,3 bilhões), uma alta de 6% em relação ao ano passado, disse Dordain.

Hubble detecta nuvens de gás que formam estrelas em galáxia vizinha

Astros nascem na Grande Nuvem de Magalhães, a 200 mil anos-luz.
Dados foram identificados por professor de astronomia em competição.

Do G1, em São Paulo

O telescópio Hubble, da agência espacial americana Nasa, registrou enormes nuvens de gás que entram em colapso e formam novas estrelas na Grande Nuvem de Magalhães, galáxia anã vizinha da Via Láctea, a cerca de 200 mil anos-luz da Terra.

Os astros recém-nascidos, por sua vez, iluminam as nuvens em diferentes cores. A região mostrada na imagem abaixo é chamada LHA 120-N 11. As partes mais brilhantes da foto são denominadas NGC 1769 (no centro) e NGC 1763.

Hubble observou nuvens de poeira que se chocam e formam estrelas na Grande Nuvem de Magalhães (Foto: ESA/NASA/Hubble) 
Hubble viu nuvens de poeira que formam estrelas na Grande Nuvem de Magalhães
 (Foto: ESA/NASA/Hubble)
 
Ainda no meio da imagem, aparece uma mancha escura que encobre grande parte da luz. Essas nuvens de poeira contêm elementos químicos mais pesados e complexos, capazes de formar planetas rochosos como a Terra. Elas se parecem com fumaça e são formadas pelo material expulso por gerações anteriores de estrelas, ao morrerem.

Os dados da foto acima foram identificados pelo professor de astronomia americano Josh Lake, de Connecticut, na competição "Hubble's Hidden Treasures" (Tesouros Escondidos do Hubble, em inglês). O concurso convidou os inscritos a descobrir dados científicos inéditos ao analisar o imenso arquivo do Hubble, e a transformá-los em imagens impressionantes.

Lake ganhou o primeiro prêmio com essa imagem, que contrasta a luz incandescente de hidrogênio e nitrogênio na LHA 120-N 11. O registro combina dados identificados em exposições feitas em luz azul, verde e próximo ao infravermelho.

Segundo os astrônomos, a Grande Nuvem de Magalhães está localizada em uma posição ideal para estudar fenômenos que envolvem a formação de estrelas. Isso porque ela fica suficientemente longe da Via Láctea para não ser ofuscada pelo brilho de corpos celestes próximos ou pela poeira do centro da nossa galáxia. Além disso, está quase de frente para nós, o que facilita a observação.

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