terça-feira, 14 de julho de 2015

Sonda New Horizons, da Nasa, atinge ponto mais próximo de Plutão

Feito inédito foi nesta terça; equipamento ficou a 12,5 mil km do planeta anão.
Dados coletados devem ser transmitidos para a Terra somente de noite.




A sonda espacial New Horizons finalmente chegou ao ponto mais próximo de Plutão na manhã desta terça-feira (14), de acordo com a agência espacial americana (Nasa), responsável pela missão.
Depois de viajar por nove anos e quase 5 bilhões de quilômetros (que é a distância entre Plutão e a Terra), o equipamento conseguiu ficar a 12.500 km do planeta anão – o ponto mais próximo que o equipamento conseguiria alcançar.
Tal fato vai colaborar com a ciência para analisar mais detalhes sobre a superfície e a temperatura de Plutão e de sua região, chamada de Cinturão de Kuiper.
Às 8h50, horário de Brasília, o relógio com a contagem regressiva da Nasa zerou, o que, de acordo com os especialistas, era um indicativo de que a sonda teria feito a aproximação prevista.
Cientistas presentes na sede da Nasa comemoraram no momento em que a contagem regressiva acabou. A maioria vibrava e balançava pequenas bandeiras dos EUA (VEJA O VÍDEO ).
O astrônomo Cássio Barbosa, blogueiro do G1, explica que nenhum dado deve ser transmitido nesta manhã, já que a New Horizons precisa estar silenciosa para captar o máximo de informações sobre Plutão e sua maior lua, Caronte.
Segundo ele, só por volta das 22h desta terça é que a sonda "deve ligar para casa". "Vai ser uma breve comunicação da situação da nave, literalmente para dizer que a nave está viva, que ela sobreviveu à passagem tão próxima de Plutão e Caronte", explicou Barbosa em post do blog "Observatório".
A informação foi confirmada pelo chefe da missão New Horizons, Alan Stern. "Fique ligado. Por volta das 21h [22h, hora de Brasília] vamos saber se ela [a sonda] sobreviveu ao sistema de Plutão. Mas é sempre bom um pequeno drama, já que é uma exploração verdadeira”, disse ele, que agradeceu a ajuda de sua equipe em uma coletiva de imprensa.
O motivo da preocupação é que na região há muitos meteoroides e destroços da formação do Sistema de luas de Plutão. Essas "pedras no caminho" podem colidir com a sonda e destruí-la. Segundo a Nasa, a chance de impacto é de 1 em 10 mil, considerada alta.
As informações principais, incluindo fotos de altíssima resolução, serão enviadas na quarta-feira (15), durante uma transmissão de dados mais longa.
Cientistas vibram quando veem pela primeira vez a imagem mais aproximada de Plutão, coletada pela New Horizons na segunda, mas divulgada uma hora antes da aproximação da sonda (Foto: NASA/Bill Ingalls)Cientistas vibram quando veem pela primeira vez a imagem mais aproximada de Plutão, coletada pela New Horizons na segunda, mas divulgada uma hora antes da aproximação da sonda (Foto: NASA/Bill Ingalls)
Trajetória
A sonda foi lançada em 2006, dos Estados Unidos, a bordo do foguete Atlas. Ela viajou até Júpiter e usou a gravidade desse planeta como um estilingue para acelerar sua velocidade.
Desde então, a sonda ficou adormecida e viajou pelo espaço até ser reativada, em dezembro do ano passado.

Sete instrumentos que estão a bordo da sonda vão captar essas imagens, que serão transmitidas para a Terra. O tempo de transmissão dos dados de Plutão até a Nasa, nos Estados Unidos, é de quatro horas e meia.
A New Horizons viaja pelo espaço carregando as cinzas do cientista Clyde Tombaugh, que descobriu Plutão em 1930, além de outros itens, como duas bandeiras americanas.
Imagem divulgada por volta das 8h desta terça mostra uma nova imagem de Plutão. A foto foi capturada pela New Horizons nesta segunda-feira (13), 16 horas antes da aproximação (Foto: Nasa)Imagem divulgada por volta das 8h desta terça mostra uma nova foto colorida de Plutão capturada pela New Horizons nesta segunda-feira (13), 16 horas antes da aproximação.  (Foto: Nasa)
Nesta segunda (13), os cientistas divulgaram que o planeta anão é maior do que se previa. Plutão, antes considerado o nono e mais distante planeta do Sistema Solar, tem um diâmetro de cerca de 2.370 quilômetros, cerca de 80 quilômetros a mais do que previsões anteriores.
Agora ele é oficialmente maior do que Eris, um dos centenas de milhares de miniplanetas e objetos parecidos com cometas que circulam o Cinturão de Kuiper.
Segundo a agência Reuters, ser um pouco maior significa que Plutão consiste significativamente de mais gelo e um pouco menos de água do que o previsto, um detalhe importante para cientistas determinarem a história de como ele e o resto do Sistema Solar foram formados.
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Sonda da Nasa descobre que Plutão é maior do que o previsto

Plutão tem diâmetro de 2.370km, cerca de 80km a mais do que se pensava.
Sonda New Horizons vai se aproximar de planeta anão nesta terça-feira.


Da Reuters

Nova imagem feita pela sonda New Horizons mostra Plutão mais de perto. Equipamento da Nasa está chegando cada vez mais próximo do planeta anão (Foto: NASA/JHUAPL/SWRI)

Plutão sempre surpreende. Cientistas descobriram que o planeta anão é maior do que se previa, à medida que a espaçonave New Horizons, da Nasa, se aproxima para um voo rente na terça-feira, após uma jornada de quase uma década.

A sonda, que funciona com energia nuclear, estava em posição para passar no centro de uma zona-alvo de 97 a 145 quilômetros entre as órbitas de Plutão e sua lua principal, Charon, na manhã de terça-feira, disseram gerentes do controle da missão New Horizons, no Laboratório de Física Aplicada da Universidade Johns Hopkins, nos arredores de Baltimore.
Após uma jornada de quase 5 bilhões de quilômetros, traçar essa trajetória é como um jogador de golfe em Nova York acertar com uma tacada um buraco em Los Angels, disse o gerente do projeto, Glen Fountain, a repórteres.
Durante a passagem por Plutão e suas cinco luas, que deve durar 30 minutos, a New Horizons realizará uma série cuidadosamente coreografada de manobras para posicionar suas câmeras e instrumentos para centenas de observações.
Cientistas já descobriram que Plutão, antes considerado o nono e mais distante planeta do Sistema Solar, é maior do que se pensava, com um diâmetro de cerca de 2.370 quilômetros, cerca de 80 quilômetros a mais do que previsões anteriores.
Plutão agora é oficialmente maior do que Eris, um dos centenas de milhares de miniplanetas e objetos parecidos com cometas que circulam a região além de Netuno chamada de Cinturão de Kuiper. A descoberta desta região, em 1992, levou a uma reclassificação oficial de Plutão, que passou a ser chamado de "planeta anão".
E tamanho é documento, mesmo para planetas anões. Ser um pouco maior significa que Plutão consiste significativamente de mais gelo e um pouco menos de água do que o previsto, um detalhe importante para cientistas determinarem a história de como ele e o resto do Sistema Solar foram formados.
"O sistema de Plutão é um remanescente fóssil das origens de nosso Sistema Solar", disse o cientista-chefe da Nasa, John Grunsfeld. "Vamos aprender mais sobre isso."
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